A empresa de coworking norte-americana WeWork entrou com um pedido de falência nos Estados Unidos, adotando a proteção do Capítulo 11 das leis de falência. Esse capítulo permite que a empresa continue operando e adie os pagamentos enquanto tenta resolver suas dívidas. Isso é semelhante à recuperação judicial no Brasil, e a intenção é evitar uma falência imediata.
A pandemia da Covid-19 afetou negativamente as finanças da WeWork, uma vez que muitos escritórios passaram a adotar o trabalho remoto, levando a rescisões de contratos de aluguel e prejudicando a empresa. Além disso, a maioria de seus clientes eram startups e pequenas empresas que reduziram gastos devido à inflação e às perspectivas econômicas locais em declínio.
Outro desafio enfrentado pela WeWork foi a concorrência de grandes empresas imobiliárias, que passaram a oferecer serviços de aluguel de espaços de curto prazo, concorrendo diretamente com o modelo de negócio da WeWork, no geral, a empresa busca proteção contra a falência enquanto lida com uma série de desafios financeiros e de mercado, resultantes da pandemia e da concorrência crescente no setor de espaços de coworking.
A WeWork enfrentou sérios problemas financeiros que resultaram em uma queda acentuada no preço de suas ações, caindo 98,5% entre janeiro e novembro. Pouco antes de solicitar a falência, o fundador da empresa, Adam Neumann, expressou a crença de que uma reorganização bem planejada e a equipe certa permitiriam que a empresa emergisse com sucesso.
Revelou ainda que aproximadamente 92% de seus credores concordaram em converter sua dívida em capital, o que resultou na eliminação de cerca de US$ 3 bilhões em dívidas. A WeWork também anunciou sua intenção de reduzir seu portfólio de escritórios comerciais, focando na continuidade dos negócios e na prestação de serviços. A empresa assegurou aos investidores que seus espaços WeWork permaneceriam abertos e operacionais, e não haveria alterações significativas na forma como ela atendia seus membros, enquanto esperava que as operações globais continuassem normalmente.
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas de Artur Nicoceli à G1