O mercado imobiliário brasileiro presenciou um aumento notável de 8,7% no valor total das vendas de novos imóveis nos 5 primeiros meses do ano. Essa constatação é baseada no indicador Abrainc-Fipe, um levantamento elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), que reuniu informações de 20 empresas ligadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
O crescimento expressivo nas vendas em reais, envolvendo as incorporadoras investigadas, foi amplamente influenciado pelo desempenho positivo dos empreendimentos pertencentes ao programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV), que registrou um aumento de 11%. Em comparação, os novos imóveis de Médio e Alto Padrão (MAP) experimentaram um crescimento mais modesto de 4,1% no mesmo período.
A Abrainc reportou que o mercado de média e alta renda (MAP) enfrentou desafios devido a mudanças na classificação de imóveis, originalmente destinados ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), para o segmento MAP. Isso ocorreu devido ao aumento dos custos de construção, resultando em uma retração de 34,5% no valor total dos lançamentos de novos empreendimentos nesse segmento. Em junho, um reajuste no teto do programa MCMV para R$ 350 mil corrigiu essa distorção.
A Abrainc aponta que o mercado de média e alta renda enfrenta obstáculos devido às altas taxas de juros, prejudicando o crescimento das empresas e o acesso aos financiamentos imobiliários pelo Sistema Brasileiro Poupança e Empréstimos (SBPE). As altas taxas de juros aumentam os custos dos empréstimos, criando desafios significativos. Uma solução sugerida é direcionar mais recursos da caderneta de poupança para o crédito imobiliário, passando de 65% para 70%. Isso poderia tornar os financiamentos mais acessíveis, estimulando o setor MAP e viabilizando projetos nesse segmento.
O mercado imobiliário brasileiro apresenta uma dinâmica notável, revelando sua resiliência mesmo diante de desafios econômicos e sociais, incluindo altas taxas de juros. Um ponto notável é o programa MCMV, que registrou um aumento significativo de 63,8% no valor total de lançamentos. Esse crescimento pode ser atribuído às recentes implementações, que facilitaram o acesso à habitação para famílias de baixa renda e estimularam o desenvolvimento de empreendimentos direcionados a esse público.
Além de impulsionar o emprego, essa iniciativa contribui para reduzir o déficit habitacional, estimado em 7,8 milhões de moradias. O presidente da associação do setor imobiliário, Luiz França, observa que, à medida que a economia brasileira se fortalece gradualmente após períodos de instabilidade, o mercado imobiliário se projeta de maneira promissora. A expectativa de taxas de juros mais baixas, combinada com programas governamentais como o Minha Casa Minha Vida, deve continuar fomentando investimentos no setor habitacional.
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Informações retiradas de Folha Vitoria