A taxa de vacância nos prédios corporativos de alto padrão em São Paulo encerrou o terceiro trimestre em 23,6%, de acordo com a Cushman & Wakefield, um aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e um ligeiro acréscimo de 0,6 ponto em comparação com o mesmo período do ano passado. A Colliers também relata uma taxa de vacância de 24%, um aumento de dois pontos percentuais em relação a 2022.
A absorção líquida, que é a diferença entre as áreas alugadas e devolvidas, foi positiva, mas modesta, com apenas 556 m² no trimestre e 33,5 mil m² no ano, de acordo com a Cushman. A Colliers apresenta números ligeiramente diferentes, com 14 mil m² de absorção líquida no trimestre e 34 mil m² no ano.
Paula Casarini, CEO da Colliers no Brasil, observa que a taxa de vacância já era esperada e que houve uma estabilização entre o segundo e o terceiro trimestres, o que é considerado positivo devido à transição em curso das empresas para o trabalho híbrido. A expectativa da Colliers é que a taxa de desocupação dos prédios retorne ao nível de 2022, de 22%, no próximo ano, devido à escassa entrega de novos empreendimentos.
Casarini também destaca que as empresas estão buscando locais que incentivem a ida ao trabalho, com boa mobilidade e transporte, resultando em taxas de vacância mais baixas em regiões mais centralizadas em comparação com áreas periféricas. A taxa de vacância varia de 7,1% na Faria Lima a 74,7% em Santo Amaro, com um nível equilibrado situando-se entre 8% e 12% de vacância.
O mercado imobiliário de escritórios em São Paulo reflete a diversidade econômica da cidade, com preços variando de R$32 em Santo Amaro a R$282 no Itaim. A busca por espaço em algumas regiões é mais tímida, resultando em áreas mais desvalorizadas, especialmente aquelas com maior concentração de imóveis em construção. O diretor da Cushman destaca que o baixo crescimento econômico impacta o setor de lajes corporativas, pois está intimamente ligado ao setor de serviços.
No entanto, a Brookfield observa uma evolução positiva, com aumento na frequência do trabalho presencial. A empresa locou significativa área de escritórios no terceiro trimestre e registra uma crescente ocupação, atingindo 81% em agosto. A tendência “TQQ” (trabalho presencial às terças, quartas e quintas) está em ascensão, e algumas empresas consideram retornar ao modelo 100% presencial a partir de janeiro.
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Informações retiradas de Ana Luiza Tieghi à Valor Econômico