A startup chilena de financiamento imobiliário Creditú inicia suas atividades no Brasil. A fintech, fundada em 2017, atua também no Peru e tem planos de expandir suas operações para o México. O desembarque no Brasil foi possível após investimento de R$100 milhões do Grupo AVLA, do qual é sócia.
A principal ideia da startup, segundo seu o presidente-executivo no Chile, Ignácio Alamos, é oferecer o crédito imobiliário para mulheres, jovens e informais.
Alamos conta que estes são grupos que, geralmente, enfrentam mais dificuldade para conseguir o crédito imobiliário, seja por não conseguir estabilidade no trabalho ou não ter tanto dinheiro guardado.
As operações da empresa se iniciam com o país em um cenário desafiador, resultado da combinação de alta da inflação e da taxa básica de juros (atualmente em 7,75% ao ano). A alta conectividade e o volume do mercado no Brasil são vistos como uma oportunidade de negócio, segundo ele. A fintech promete também menos burocracia e processos mais rápidos, além de valores menores de entrada.
“O mercado hoje em dia é dominado pelos bancos tradicionais: Itaú, Bradesco, Caixa, Banco do Brasil e Santander. E é quase o mesmo produto no final, com variações específicas de banco para banco. Financiam até 80% do valor dos imóveis para os mesmos clientes: com renda formal, boa pontuação, e assim por diante”, afirma o presidente do grupo no Brasil, Felippe Astrachan.
A empresa conta que é necessário investir em outros critérios para encontrar bons pagadores. “Existe um mundo de bons clientes com capacidade de demonstrar que têm renda e que hoje são mal atendidos”, diz Astrachan. Englobar esses novos clientes não se traduz, segundo ele, em mais risco. “A gente vai escolher bem. Não quer dizer que eu vou aprovar qualquer pessoa, obviamente. A gente vai fazer isso de forma sustentável.”
Com a chegada da fintech ao Brasil é provável que as vendas de imóveis no nosso país comecem a crescer ainda mais.
Fonte: Yahoo