O governo federal divulgou, na segunda-feira, 17, a intenção de alocar R$15 bilhões adicionais do Fundo Social do Pré-Sal para fortalecer a política habitacional no Brasil. Os recursos serão direcionados ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), com o objetivo de expandir o acesso ao financiamento habitacional.
De acordo com Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia do SindusCon-SP, a medida é muito bem-vinda para o setor da construção civil, pois representa quase 5% do valor do que se espera que seja o financiamento imobiliário para 2025, que é da ordem de R$280 a 300 bilhões.
“É uma excelente notícia, sem dúvida, e uma medida muito positiva para o setor. No entanto, o mais importante agora é que isso se concretize na prática. Precisamos ver essa iniciativa se tornar realidade para realmente impactar a indústria da construção civil e o mercado imobiliário”, aponta Zaidan.
Daniela Ferrari, vice-presidente de habitação do SindusCon-SP, considera a medida positiva e inesperada, já que o setor vinha sugerindo ao governo federal outras alternativas para reforçar o financiamento de habitação, como a redução dos saques do FGTS para usos que não sejam para habitação e infraestrutura, a diminuição do compulsório da poupança e o alongamento do prazo das LCIs.
A vice-presidente de habitação destaca que o setor da construção está pronto para atender à possível demanda crescente por novas moradias, impulsionada pela alocação de até R$ 15 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal. Daniela ressalta ainda que várias empresas associadas ao SindusCon-SP estão focadas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
No entanto, há uma preocupação em relação à forma como os recursos destinados à construção serão distribuídos e gerenciados. Ferrari observa que, devido à atual crise fiscal, que tem gerado impactos como o aumento dos juros e da inflação, o setor aguarda mais informações sobre o programa para realizar uma análise completa dos possíveis impactos.
Para o SindusCon-SP, a liberação desse recurso ainda em 2025 é muito positiva e aguardada com grande expectativa. A entidade espera que o foco da política seja voltado para famílias que realmente precisam se livrar do peso excessivo do aluguel e da situação de vulnerabilidade. Além disso, é essencial que os recursos sejam direcionados para imóveis novos e de qualidade, que se valorizem com o tempo e ajudem a impulsionar a geração de empregos.
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Informações cedidas por Sinduscon-SP