De acordo com o 7º Mapa de Construtechs e Proptechs, realizado pela Terracotta Ventures, o número de startups nos setores imobiliário e construtivo atingiu 1.068 no Brasil em 2022, registrando um crescimento de 11,8% em relação ao ano anterior. No entanto, esse índice representa a menor taxa de crescimento desde o início da pesquisa. Comparado ao período de 2021 e 2022, o aumento foi de apenas 13,8%. Essa desaceleração indica um ritmo mais lento de expansão para as startups do setor imobiliário.
Segundo o fundador da Terracotta Ventures, essa desaceleração no crescimento das startups do setor imobiliário não é considerada negativa, mas sim um sinal de amadurecimento. De acordo com ele, os problemas básicos do setor já foram abordados, e as novas empresas precisam direcionar seu foco para questões mais complexas. Ele destaca que muitos empreendedores consultam o mapa para verificar se já existem outras empresas fazendo o que eles planejam, indicando que as ideias óbvias estão se tornando menos comuns.
O ano passado foi desafiador para as startups de todos os setores, com escassez de investimentos e demissões em massa, afetando também as proptechs e construtechs. Em 2022, o valor total dos investimentos nessas empresas teve uma queda significativa de 56%, passando de R$5,83 bilhões para R$2,55 bilhões. Segundo o fundador, esse valor representa não tanto uma queda, mas sim um retorno à normalidade após um 2021 fora do padrão em termos de atratividade de investimentos em startups.
De acordo com o fundador da Terracotta Ventures, Anselmo, a taxa de mortalidade das empresas do setor imobiliário caiu de 13,7% em 2021 para 5,2% no ano passado. A maioria das empresas que encerraram suas atividades estava na fase “pré-seed”, ainda em desenvolvimento de seus produtos.
Anselmo avalia que as startups que conseguirem superar o período de baixo investimento encontrarão um cenário mais favorável no futuro, com menor concorrência, aumento da valorização e um mercado ainda em grande necessidade de adoção de tecnologia, o que ele chama de “tríplice alavanca”.
Ele ressalta que a fase de digitalização do setor da construção civil, que cria oportunidades para novos negócios, diferencia-o de outras áreas com forte presença de startups, como o varejo e o setor financeiro, que já passaram pela fase de transição tecnológica.
Anselmo prevê ainda que áreas como soluções financeiras e para obras continuarão em alta neste ano. No segmento financeiro, destaca-se o financiamento de mão de obra e construções.
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas do Valor Econômico & ABECIP