O setor de tintas no Brasil está projetando um crescimento otimista para este ano, com um aumento previsto de cerca de 2% em relação ao ano passado. Essa perspectiva positiva está sendo impulsionada pelas novas diretrizes do Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo, que promove a massificação de construções de apartamentos entre 15 e 30 metros quadrados, e pelo crescimento da indústria da construção civil, com destaque para o Rio de Janeiro.
A indústria de tintas está intrinsecamente ligada à construção civil, e o aumento na demanda por novas construções impulsiona o mercado de tintas. No entanto, apesar do otimismo, o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Luiz Cornacchioni, ressalta a cautela devido ao desempenho fraco da economia nacional.
No mercado de tintas, o setor imobiliário desempenha um papel significativo, representando cerca de 82,5% do volume de produção total, enquanto as tintas para a indústria em geral têm uma participação de 11,2%. Apesar de registrar um crescimento negativo no volume de produção (-4%), o mercado brasileiro de tintas teve um faturamento estimado em cerca de R$ 25 bilhões no ano passado.
O Brasil é o quinto maior produtor mundial de tintas, perdendo apenas para China, Estados Unidos, Índia e Alemanha. Embora represente 4% da produção total global, o país é responsável por aproximadamente 45% da produção da América Latina. Enquanto a região da Ásia-Pacífico lidera o crescimento nesse setor, o mercado brasileiro mantém sua relevância e atratividade.
Durante o período entre 2019 e 2021, o setor de construção civil no Brasil enfrentou desafios devido à recessão econômica e à instabilidade política, afetando negativamente a demanda por tintas. No entanto, a recuperação gradual foi impulsionada pela retomada de investimentos em infraestrutura e programas habitacionais.
Embora o setor tenha sofrido uma redução na demanda, as reformas de imóveis ajudaram a mitigar os impactos negativos. Um fator crucial para a recuperação do setor de tintas é a melhora do poder aquisitivo dos brasileiros, pois isso impulsiona a vontade de reformar casas, comprar carros, eletrodomésticos e continuar consumindo.
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Informações retiradas de Neuza Sanches à Veja