A pesquisa do mercado imobiliário em São Paulo, conduzida pelo Secovi-SP, revelou que em fevereiro deste ano foram comercializadas 6.600 unidades residenciais novas na cidade. No período de 12 meses, entre março de 2023 e fevereiro de 2024, as vendas totalizaram 79,2 mil unidades.
O Valor Global de Vendas (VGV) alcançou R$3,22 bilhões em fevereiro e R$45,3 bilhões no acumulado de 12 meses, valores que foram deflacionados pelo Índice Nacional de Custo da Construção – Disponibilidade Interna (INCC-DI) da Fundação Getúlio Vargas, referente a fevereiro de 2024.
O indicador VSO (Vendas Sobre Oferta), que mede a proporção de vendas em relação ao total de unidades disponíveis, foi de 10,0% no segundo mês do ano. No acumulado de 12 meses, o VSO ficou em 55,8%.
Lançamentos
No mês de fevereiro, o mercado imobiliário de São Paulo registrou o lançamento de 4.467 novas unidades residenciais, conforme aponta a pesquisa do Secovi-SP. Esse número contribuiu para acumular um total de 77 mil unidades lançadas nos últimos 12 meses na capital paulista.
Além disso, a oferta de imóveis disponíveis para venda atingiu 59,7 mil unidades em fevereiro. Essa oferta inclui imóveis na planta, em construção e prontos para morar, lançados nos últimos 36 meses. O Valor Global da Oferta (VGO) alcançou a marca de R$41,8 bilhões, com os valores deflacionados considerando o INCC-DI de fevereiro de 2024.
Segmentação
No mês de fevereiro, os imóveis de 2 dormitórios se destacaram em vários aspectos do mercado imobiliário. Eles representaram uma parcela significativa nos lançamentos, vendas e oferta, com 59%, 63% e 58%, respectivamente. Além disso, contribuíram com 46% do Valor Geral de Vendas (VGV) e 35% do VGO. No entanto, os imóveis de 1 dormitório lideraram em VSO, com uma taxa de 11%.
Quanto à área útil, os imóveis na faixa de 30 m² e 45 m² foram os mais proeminentes em todos os aspectos. Eles representaram 49% dos lançamentos, 56% das vendas e 48% da oferta. Também contribuíram com 34% do VGV e 22% do VGO, além de terem registrado o maior VSO, com 11,4%.
Em relação aos preços, os imóveis com valores até R$264 mil se destacaram com uma participação nos lançamentos (50%) e na oferta (29%), além de registrar o maior VSO, com 13,2%. Por outro lado, a faixa de preço entre R$700 mil e R$1,4 milhão liderou em termos de VGV, contribuindo com 21%. Já os imóveis com preços acima de R$2,1 milhões tiveram o maior VGO, com uma parcela de 33%.
MCMV e outros mercados
A partir de julho de 2023, houve uma atualização nos preços dos imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida em São Paulo, elevando o limite para R$ 350 mil. Esta mudança foi acompanhada pela definição de faixas de preço pelo Secovi-SP para enquadrar os imóveis econômicos no programa.
Em fevereiro, os números revelam que 63% das unidades lançadas e 53% das unidades vendidas se enquadravam como econômicas pelo MCMV. Isso equivale a 2.798 unidades lançadas e 3.501 unidades vendidas. A oferta disponível para venda desses imóveis totalizou 22.783 unidades, representando 38% do mercado, com uma taxa de vendas sobre oferta (VSO) de 13,3%.
Por outro lado, os outros segmentos do mercado imobiliário apresentaram números distintos, com 1.669 unidades lançadas, 3.099 unidades vendidas, uma oferta final de 36.919 unidades e uma VSO de 7,7%.
Zonas da cidade
A Zona Sul liderou em vendas, com 33% (2.179 unidades); oferta final, com 34% (20.427 unidades); VGV com 41% (R$1.316,3 milhões) e VGO 42% (R$17,4 bilhões). A zona Leste destacou-se em lançamentos, com 41% do total (1.813 unidades), e VSO (11,6%).
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Informações retiradas de SECOVI