O mercado imobiliário em São Paulo, apesar dos altos preços de aluguéis e compra de imóveis, ainda não é considerado uma bolha, de acordo com o Índice Global de Bolha Imobiliária do UBS deste ano. No entanto, existe um risco moderado de que a cidade se torne uma bolha, semelhante a Madri e Nova York, devido ao aumento dos preços das casas nos últimos anos.
Embora o crescimento econômico deva se estabilizar, as condições de financiamento em melhoria podem impulsionar o mercado imobiliário nos próximos trimestres.
Além do mercado imobiliário de São Paulo
Segundo um levantamento, os mercados imobiliários globais estão experimentando uma tendência de queda nos preços reais da habitação, em contraste com a alta observada durante a pandemia. De junho de 2022 até meados deste ano, os preços das propriedades nas cidades em análise tiveram uma média de queda de 5%, e o UBS prevê que essa tendência de queda possa continuar.
De acordo com Claudio Saputelli, chefe de Real Estate do UBS Global Wealth Management, quando ajustados pela inflação, os preços estão agora 5% mais baixos do que em meados de 2022. Isso significa que as cidades em questão perderam a maior parte dos ganhos reais de preços que ocorreram durante a pandemia e estão se aproximando dos níveis de preços observados em meados de 2020.
O risco de bolha nos mercados imobiliários mundiais
No ano atual, apenas Zurique e Tóquio continuam sendo classificadas como cidades com risco de bolha imobiliária, em comparação com nove em 2022. Cidades anteriormente consideradas em risco, como Toronto, Frankfurt, Munique, Hong Kong, Vancouver, Amsterdã e Tel-Aviv, agora são rotuladas como “territórios supervalorizados”. Outras cidades, como Miami, Genebra, Los Angeles, Londres, Estocolmo, Paris e Sydney, ainda estão na categoria de “sobrevalorizadas”.
Preços de moradia
De acordo com o estudo, o aumento dos preços das moradias foi influenciado pelo aumento dos custos de financiamento, já que as taxas médias de hipotecas quase triplicaram desde 2021 na maioria dos mercados. O crescimento anual dos preços nominais nas 25 cidades analisadas estabilizou, após um forte aumento de 10% na leitura anterior.
O UBS observa que a inflação desempenha um papel importante na redução do risco de bolha nos mercados imobiliários globais, uma vez que a queda dos desequilíbrios não se deve apenas à diminuição dos preços das habitações, mas também ao aumento dos rendimentos e das rendas impulsionado pela inflação.
A redução no crescimento dos empréstimos hipotecários desde junho de 2022 levou a uma diminuição da dívida das famílias em relação ao rendimento, enquanto o crescimento nominal das rendas aumentou positivamente nas 25 cidades analisadas.
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Informações retiradas de Seu Dinheiro