O valor dos imóveis torna o mercado de aluguel mais atrativo em SP, de acordo com levantamento da proptech Propdo. Entre janeiro e abril deste ano, houve uma queda de 10% no número de transações imobiliárias em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o preço médio das propriedades cresceu cerca de 2%.
O aumento na taxa Selic para 13,75% também tornou os financiamentos mais caros, levando muitas pessoas a optarem pelo aluguel em vez da compra.
Em contrapartida, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), conhecido como a “inflação do aluguel”, registrou deflação de 1,93% no Brasil em junho, com uma queda acumulada de 6,86% nos últimos 12 meses e de 4,46% desde janeiro deste ano. Em São Paulo, os valores dos aluguéis subiram cerca de 10% em média no ano passado, especialmente em bairros como Jardim Europa, Pacaembu, Alto de Pinheiros, Jardim Paulistano e Vila Nova Conceição
IGMI-R
O Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R)registrou uma variação de 0,48% em junho, mostrando uma ligeira aceleração em comparação ao mês anterior (0,41%). No entanto, ao analisar a variação acumulada em 12 meses, o índice apresentou uma trajetória de desaceleração, passando de 12,98% em maio para 12,07% em junho.
Esse padrão de desaceleração foi observado em todas as dez capitais consideradas no estudo, indicando uma convergência dos resultados regionais para a média nacional nesse período. No entanto, ao analisar as médias de variações entre os primeiros e segundos semestres dos últimos três anos, percebe-se que essa convergência envolveu uma evolução diferenciada entre as capitais.
Registro de altas
No primeiro semestre de 2021, São Paulo registrou um patamar elevado em relação à média nacional, mas nos dois anos seguintes, seus resultados desaceleraram, aproximando-se da média nacional. Por outro lado, cidades como Fortaleza, Recife e Porto Alegre, que tinham patamares inferiores à média nacional em 2021, tiveram uma aceleração em 2022 e 2023.
Já Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador, Goiânia e Brasília seguiram o padrão do resultado agregado, acelerando entre 2021 e 2022 e desacelerando entre 2022 e 2023.
Em relação aos preços dos imóveis residenciais no Brasil, no primeiro semestre de 2023, os principais índices de preços mostraram uma tendência clara de desaceleração, apesar das variações nominais. Isso alimenta a expectativa de um ciclo de política monetária menos restritiva a partir do segundo semestre.
Expectativas atrativas
De acordo com os resultados da Sondagem da Construção Civil do Ibre, a combinação das expectativas otimistas dos empresários do setor de edificações residenciais com o programa de incentivos a habitações populares tem impactado favoravelmente a percepção de demanda prevista para os próximos três meses.
Apesar disso, o quesito “Tendência dos Negócios para os próximos seis meses” ainda não acompanha essa mesma tendência, refletindo os desafios enfrentados pela economia brasileira no início do segundo semestre, com sinais de desaceleração em alguns indicadores de atividade. No entanto, as expectativas em relação à mudança de rumo da política monetária e à aprovação de importantes reformas estruturais têm o potencial de impactar positivamente o nível de atividades nos próximos meses, bem como o mercado de trabalho e a evolução dos preços dos imóveis residenciais.
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Informações retiradas de Monitor Mercantil