Estudos indicam que bairros de Santos podem enfrentar a invasão do mar até 2050, resultando na necessidade de medidas urgentes para evitar emergências climáticas e deslocamento de mais de 20 mil moradores.
O presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, destaca que o impacto no mercado imobiliário será significativo, pois a perspectiva de inundação e invasão do mar torna a compra de propriedades nessas áreas menos atrativa. Com um prazo relativamente curto até 2050, o investimento em imóveis na região da Ponta da Praia, Aparecida e Boqueirão pode ser questionável devido aos desafios climáticos iminentes.
Um estudo da ONU alerta que 5% da população de Santos pode ser afetada pelo aumento do nível do mar. O Instituto Geológico de São Paulo destaca os bairros Ponta da Praia e Aparecida como os mais vulneráveis. Até 2050, cidades costeiras, incluindo Santos, enfrentarão maior risco de inundações, impactando 5% da população local. Este cenário ameaça desvalorizar imóveis, segundo o presidente do CRECISP, embora a extensão ainda seja incerta e dependente do comportamento futuro do fenômeno.
O presidente da imobiliária Viana Neto expressa confiança na valorização contínua dos imóveis nas regiões de Ponta da Praia, Aparecida e Boqueirão, em Santos. Ele descarta a possibilidade de uma diminuição na demanda, a menos que ocorram fenômenos climáticos excepcionais, como inundações causadas por fortes chuvas, ressacas e marés altas. Viana Neto acredita que qualquer desvalorização só ocorreria se houvesse suspeitas concretas desses eventos.
Buscando soluções em Santos
A Prefeitura de Santos anunciou medidas preventivas contra os impactos das mudanças climáticas, destacando a colocação de barreiras submersas na Ponta da Praia em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp) desde 2018. O trabalho em andamento envolve 49 sacos de geôtextil, com estudos em andamento para expandir essas barreiras. A administração municipal ressaltou a criação da Seção de Mudanças Climáticas em 2019 e, no ano passado, lançou o Plano de Ação Climática (PAC), que estabelece 50 metas a serem alcançadas até 2030.
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Informações retiradas de Luana Fernandes à Diário do Litoral