Uma pesquisa do Centro de Pesquisa e Análise da Informação (Cepai), ligado ao Secovi Rio, mostra que o mercado imobiliário no Rio de Janeiro foi afetado pela pandemia, mas houve pouca redução no valor dos aluguéis de imóveis residenciais e comerciais em 2022, mesmo com a procura por locação reduzida.
Em imóveis comerciais, apenas os bairros Centro (-1,9%) e Tijuca (-1%) tiveram redução nos aluguéis no acumulado de 12 meses do ano passado, enquanto outros locais, como Flamengo (+14%), Taquara (+11%) e Del Castilho (+6,4%), tiveram alta significativa.
Os imóveis residenciais para locação tiveram desvalorização no aluguel somente no bairro da Tijuca (-8,8%). Já a valorização ocorreu em áreas como Flamengo (+22,4%), Freguesia (+20,5%), Méier (+6,5%) e Centro (+5,1%). Para o presidente do Secovi Rio, Pedro Wähmann, a área comercial mais afetada na cidade é o Centro, seguido por Copacabana, Botafogo e Barra da Tijuca — porém esses bairros possuem menor número de imóveis comerciais.
O Centro do Rio de Janeiro é uma área problemática que sofreu com a crise econômica e a falta de segurança, tornando difícil a comercialização e locação de imóveis, agravada pela pandemia de 2020. O especialista Carlos Gabriel Feijó recomenda que os locadores busquem assessoria profissional e que os locatários prestem atenção no estado do imóvel para evitar problemas na devolução. Embora haja sinais de reaquecimento no mercado, ainda há resquícios da recessão gerada pela pandemia.
Segundo Feijó, o proprietário não deve deixar o imóvel fechado por muito tempo, para evitar acumulo de encargos. “Além do acúmulo dos encargos, temos o chamado ‘custo de indisponibilidade’. Ou seja, o locador precisa custear o imóvel e deixa de receber os aluguéis, agravando seu prejuízo geral”, disse.
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Informações retiradas do O Dia