O mercado imobiliário do Rio de Janeiro está se preparando para um ressurgimento após meses de desempenho fraco, graças a uma série de incentivos do Poder Público. O primeiro destaque positivo foi a aprovação da segunda etapa do programa Reviver Centro na Câmara dos Vereadores.
Isso permite que as construtoras que construírem empreendimentos em áreas-chave do centro financeiro do Rio, como Praça XV, Castelo e Cinelândia, tenham o direito de construir uma quantidade equivalente de área em outros bairros populares, como Botafogo e Lagoa, sem pagar taxas de outorga.
Para moradias sociais, o incentivo é ainda maior, chegando a 150% da área. Outras áreas da região central, como Cruz Vermelha, Saara, Praça Tiradentes e Central do Brasil, também foram contempladas com um incentivo de 60%.
Em 18 meses, 16 prédios residenciais serão lançados no Centro
O Sinduscon-RJ estima que nos próximos 18 meses serão lançados 16 prédios residenciais no centro do Rio de Janeiro, com cerca de 2 mil apartamentos, que abrigarão 8 mil pessoas. Esses projetos estavam parados devido a dificuldades das incorporadoras em ajustar os preços aos custos.
O programa Reviver Centro tem sido fundamental para viabilizar esses investimentos anteriormente impossíveis no centro da cidade, com 650 dos 800 apartamentos da primeira etapa já vendidos, sendo dois terços destinados a pessoas com renda de até dez salários mínimos. Além disso, 82% dos compradores eram de outras áreas da cidade, contribuindo para melhorar a mobilidade urbana e reduzir o trânsito e a poluição na região.
Outro impulso ao mercado imobiliário é o projeto da prefeitura para ampliar a área da Operação Urbana do Porto Maravilha até o bairro de São Cristóvão, na zona Norte. Isso permitirá expandir o uso dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), autorizando a construção acima dos limites originais do terreno e proporcionando mais oportunidades para novos projetos na cidade.
Projeto prevê subsídio adicional do governo estadual
O Estado do Rio de Janeiro está planejando um projeto que oferecerá um subsídio adicional para a população de menor renda adquirir moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida. Este projeto, semelhante ao Casa Paulista de São Paulo, pode disponibilizar subsídios significativos, potencialmente se tornando um dos maiores entre os programas estaduais. O anúncio oficial será feito durante o evento Rio Construção Summit.
Essas medidas têm o objetivo de revitalizar o mercado imobiliário local, que enfrentou uma baixa no primeiro semestre, com uma queda de 46% nos lançamentos e uma redução de 7% nas vendas de residências na cidade do Rio. Em comparação, São Paulo teve uma diminuição de 12% nos lançamentos, enquanto Belo Horizonte manteve-se estável, e ambas as cidades tiveram um desempenho melhor nas vendas.
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Informações retiradas de Coluna do Broadcast Estadão