De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o financiamento imobiliário teve uma queda de 6% nos últimos 12 meses. No primeiro semestre deste ano o valor foi de R$112,8 bilhões.
A queda está ligada aos financiamentos feitos pela poupança, que caíram 11,7%. O financiamento via Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS, teve alta de 17% para R$27,1 bilhões.
Além disso, a quantidade de unidades financiadas caiu para 13%. De acordo com o presidente da Abecip, José Ramos Neto, apesar da queda os financiamentos podem voltar a ultrapassar 1 milhão de unidades ainda esse ano.
Houve uma queda de 18% no financiamento à aquisição de imóveis para R$65,5 bilhões. No entanto, a aquisição de imóveis novos subiu 5% para R$26 bilhões.
SBPE
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, teve queda 11,7% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Abecip.
No mês de junho, os financiamentos somaram R$16 bilhões, representando uma queda de 18,6% no intervalo de um ano. De acordo com o SBPE, mesmo com a desaceleração, esse foi o segundo melhor mês da série histórica.
Projeções
Ainda de acordo com a Abecip, foi estimado que os financiamentos imobiliários cairão 4% ainda esse ano (R$244 bilhões). No entanto, ainda assim, o ano deve ser o segundo melhor da história do setor.
É esperado que esses gastos, que são menores no bolo do setor, subam 31%. De acordo com Rocha Neto, as projeções são otimistas. “Não conseguiremos chegar ao volume de 2021, mas o ano de 2022 será robusto”, disse.
O executivo disse ainda que o setor tem se beneficiado de uma segurança jurídica mais consolidada em âmbitos como o das quebras de contratos. “Não podemos fazer com que decisões jurídicas fragilizem a segurança jurídica”, afirmou.
Fonte: CNN