Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII) estão aumentando vertiginosamente na preferência dos investidores. Só nos últimos três anos cresceram 660%, de acordo com a B3 (bolsa de valores). Ainda assim, é comum haver dúvida em relação à sua segurança.
Mas para entender o porquê de tanta atratividade é preciso compreender, primeiro, como funcionam.
O que são os fundos imobiliários?
Basicamente, os fundos imobiliários são como uma espécie de “condomínio” de investidores, nos quais é possível viver de renda sem precisar comprar um imóvel.
Então a reunião desses recursos é usada para a construção ou aquisição de imóveis para, então, serem alugados ou arrendados. Dessa forma, os ganhos obtidos com essas transações são divididos entre os investidores, na proporção da aplicação de cada um.
Essas propriedades podem ser shoppings, hospitais, edifícios comerciais, etc. A destinação dos recursos é predefinida e fica a cargo do gestor do fundo. Assim, os fundos imobiliários têm suas cotas negociadas na bolsa de valores (B3).
E, como todo investimento, é uma decisão estratégica, que pode dar certo ou errado, render mais ou menos de acordo com diversos fatores (localização, função, etc).
Há muitos tipos de fundos imobiliários. No entanto, dois são os mais comuns. Um deles é o de “tijolo”, que é o investimento em imóveis físicos. O outro é o de “papel”, cujo investimento é feito em fundos de investimentos que compram a participação em outros fundos imobiliários.
Mas é seguro investir em FII?
Os fundos imobiliários são regulados e fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de outros órgãos auxiliares. Assim, essa é uma indústria bastante segura.
Por outro lado, é bem mais em conta do que comprar um imóvel. E é também a oportunidade de ser sócio de grandes empreendimentos com um investimento inicial pequeno.
Então é possível ter uma renda mensal extra proporcional ao que você investir. Mas é importante conversar com um especialista para criar um perfil de investidor e ter a melhor estratégia de acordo com o seu objetivo.
Assim você aumenta a sua margem de segurança, podendo até ter uma carteira diversificada de fundos imobiliários.
Outro fator de segurança é que os fundos imobiliários têm um CNPJ próprio. Assim, os recursos dos investidores ficam em uma conta corrente separada do administrador do produto.
Então se ocorrer de o gestor abrir falência, o patrimônio aplicado não é misturado com a contabilidade da empresa.
Vantagens de investir nos fundos imobiliários
Todo esse crescimento dos fundos imobiliários nos últimos anos não é à toa. Há muitas vantagens que valem a pena ser consideradas.
Os dividendos mensais das pessoas físicas, por exemplo, são isentos de Imposto de Renda (Lei 11.196 de 2005). Já a renda obtida com um aluguel tradicional não é.
Por outro lado, as cotas têm valor acessível. A maioria fica entre R$45 e R$120. Mas é possível encontrar cotas de até R$10.
E também é possível ter uma ótima rentabilidade com custos baixos. Em relação ao mercado financeiro, o valor pago anualmente por alguns fundos imobiliários pode ser bem superior ao dividendo pago pela média do mercado de ações.
Já em relação ao aluguel tradicional, a diferença é bem maior. A dividend yield de um imóvel físico fica abaixo de 4% ao ano – sem considerar os custos causados por uma eventual vacância, obras de manutenção que podem ser necessárias e que são responsabilidade do proprietário, etc.
Porém, outra vantagem é a alta liquidez. A aplicação pode ser rapidamente transformada em dinheiro, já que as cotas podem ser vendidas de modo muito rápido e prático na B3.
Os melhores fundos imobiliários chegam a ter mais de cem negócios por dia, em um total de negócios médio acima de R$150 mil diários. Então o investidor tem a facilidade de vender seus ativos em poucos dias se quiser ou precisar.
Fonte: Eu Quero Investir