Os presidentes-executivos das construtoras Tenda e Direcional Engenharia expressaram preocupação nesta terça-feira com uma possível mudança no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), afirmando que isso poderá ter um impacto negativo na capacidade de compra da população de baixa renda, que é o principal público-alvo dessas empresas.
Rodrigo Osmo, CEO da Construtora Tenda, destacou que a questão da mudança no FGTS está em votação no Supremo Tribunal Federal (STF) e enfatizou a necessidade de abordar essa questão com cuidado. Ele alertou que, se não for feito com atenção, a população carente será a mais prejudicada, já que cerca de 90% dos recursos atualmente investidos em habitação popular dependem desse fundo.
Rodrigo Valadares Gontijo, presidente-executivo da Direcional Engenharia, também compartilhou a preocupação de Osmo, enfatizando que qualquer alteração no FGTS pode impactar a capacidade de compra das pessoas de baixa renda.
O STF está analisando uma ação movida pelo partido Solidariedade em 2014, que questiona a constitucionalidade da forma atual de correção do saldo das contas do FGTS. Atualmente, o FGTS rende 3% mais a Taxa Referencial (TR), que atualmente está em 0,11% ao ano. O partido alega que esse percentual de correção não acompanha sequer a inflação corrente e resulta na perda do poder aquisitivo do trabalhador.
No setor imobiliário, há preocupações de que essa mudança possa inviabilizar o uso do FGTS no financiamento de moradias populares, pois os recursos emprestados teriam que receber pelo menos a mesma remuneração da poupança, o que aumentaria o custo para os compradores. As declarações foram feitas por CEOs das empresas Tenda e Direcional durante um evento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em São Paulo.
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Informações retiradas de UOL