As mudanças sociais e econômicas afetam praticamente todas as áreas, mas o mercado imobiliário é um dos mais sensíveis a cada pequena transformação. Por isso, é importante estar bem informado sobre os principais fatores de pressão. Porém também é importante ter empatia com seu público para buscar soluções que minimizem o impacto dessas alterações.
O mercado imobiliário passa por uma boa fase e as perspectivas são promissoras para o corretor que corresponder às exigências do novo consumidor imobiliário. Sobre esse assunto, aliás, temos um artigo muito bom que você pode acessar clicando aqui.
Entretanto, o ano é complicado. Afinal, de um modo geral a economia não vai bem e os rumos políticos dos próximos anos ainda não estão definidos. Assim, se a expectativa sobre os próximos acontecimentos é alta, o corretor precisa dobrar a vigilância sobre o que mais impacta o mercado imobiliário.
Conheça 4 dos principais fatores que influenciam diretamente o setor.
1 – Taxa Selic e o impacto no mercado imobiliário
A cada mês o Comitê de Política Monetária (Copom) define o índice da da Selic, a taxa básica de juros, que influencia diretamente o poder de compra do consumidor. Assim, o aumento da Selic é um dos recursos utilizados pelo Banco Central para conter a inflação.
O que acontece é que uma das variáveis que influenciam na inflação é a quantidade de dinheiro circulante na economia. Assim, quando a Selic aumenta, empréstimos e financiamentos também ficam mais caros.
Dessa forma a população reduz o consumo – principalmente em relação aos bens muito caros, como os imóveis. Então o mercado imobiliário é impactado negativamente.
Nos últimos tempos temos vivido uma inflação resistente. Então em agosto de 2020, a Selic estava em seu patamar histórico mínimo, 2% ao ano. Em plena pandemia, o mercado imobiliário registrava recorde de vendas.
Dois anos depois, a expectativa oficial de projeção da Selic é que feche o ano em 13,75%, mas os especialistas já apostam em 14%.
No Copom de julho de 2022, a taxa subiu de 12,75% para 13,25%, devendo ter um aumento equivalente na reunião do Copom que acontece nos dias 2 e 3 de agosto. Aqui você confere quais são os melhores financiamentos imobiliários para a Selic a 13,35%.
2 – Inflação, o vilão resistente em 2022
Dessa forma, a inflação é o grande vilão resistente em 2022, impactando o mercado imobiliário e o bolso do consumidor. Pela 17ª vez seguida o mercado elevou a expectativa de inflação para 2023.
A pesquisa Focus publicada dia 1 de agosto mostra nova estimativa de alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 0,03%. Assim, a previsão de aumento dos preços é de 5,33%.
Como vimos anteriormente, isso também mexe na expectativa da Selic, cuja estimativa é que recue a partir de janeiro fechando 2023 em 11%. Para este ano a perspectiva do Focus é que a inflação de 2022 fique em 7,15%.
A propósito, nesse conteúdo você confere como as parcelas do crédito imobiliário ficaram mais caras por causa da inflação.
3 – Novos hábitos de consumo
Paralelamente às mudanças econômicas, os novos hábitos de consumo também impactam o mercado imobiliário. E eles nunca antes mudaram tão rapidamente quanto na pandemia. Entender essas transformações é importante para melhorar a performance do corretor.
Uma das principais mudanças foi a forma de consumir. a transformação digital já era uma tendência antes da pandemia, mas a tecnologia deu um salto equivalente a uma década durante a crise do coronavírus. E foi a forma pela qual o mercado imobiliário saiu tão fortalecido, ao contrário de vários outros setores.
Assim, o consumidor viu que podia escolher, visitar, comprar e alugar imóveis de forma remota. Todo o conforto, segurança e rapidez de processos desburocratizados conquistaram os clientes. E hoje, mais do que uma tendência, é uma forma consolidada de fazer negócios.
Claro que não é só no mercado imobiliário. Mas o setor foi um dos mais beneficiados, sabendo usar todas as ferramentas digitais à disposição. Aplicativos, plataformas, redes sociais, inteligência artificial (IA) e realidade aumentada (RA) são alguns dos recursos que mais contribuem para um impacto positivo no mercado. Mesmo em tempos difíceis de pandemia e instabilidades econômicas, já que junto com a praticidade dos processos, a transformação digital também ajuda reduzir custos para imobiliárias e clientes.
4 – Sustentabilidade e meio ambiente
Por outro lado, a sustentabilidade e o meio ambiente são dois conceitos que ganharam força nos últimos tempos. E também impactam o mercado imobiliário.
Hoje o consumidor busca imóveis cada vez mais sustentáveis e inteligentes, com recursos que ajudem a preservar o meio ambiente. É preciso identificar essas tendências e oferecer a solução certa para o cliente. Nesse artigo, por exemplo, você confere como os chamados Ecobairros estão ganhando força no mercado.
Imóveis mais amplos e confortáveis, com área ao ar livre e mais afastados dos grandes centros são a nova tendência. Afinal, a transformação digital também chegou aos escritórios. E pelo menos metade das empresas pretende manter o home office ou o sistema híbrido indefinidamente.
Isso, sem falar na jornada de quatro dias, um forte tendência corporativa que já começa a ser adotada. Assim, a forma de se relacionar com o lar também mudou, gerando um impacto direto no mercado imobiliário.
Use as informações para superar obstáculos
Mas não basta o corretor entender esses fatores. É preciso compreender como eles afetam o mercado imobiliário como um todo, mas também o seu público-alvo especificamente.
Para isso, a análise de dados é fundamental. Conhecendo seus clientes a fundo será mais fácil encontrar a estratégia certa para driblar os obstáculos e oferecer soluções personalizadas a seus clientes.
Esperamos ter ajudado com essas informações, até as próximas dicas!