O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, compareceu a uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para explicar como a instituição determina a taxa Selic para combater a inflação. Em sua apresentação, Campos Neto destacou que não é o único responsável pela decisão de juros e falou sobre a meta de inflação, o funcionamento do Comitê de Política Monetária e os comunicados do Banco Central.
“Não sou capaz de dizer quando haverá queda de juros. Eu sou um voto de nove [diretores que compõe o Copom]”, disse.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que a redução da taxa de juros é um processo técnico e depende de diversas variáveis. Ele destacou que o horizonte de atuação da autarquia difere do ciclo político, mas que maximiza os resultados para a sociedade no longo prazo. A Selic está em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado e o presidente Lula tem criticado o elevado patamar da taxa básica e questionado a autonomia do Banco Central.
Em sua rápida aula de política monetária, Campos Neto lembrou que o Banco Central observa inflação corrente, o hiato do produto e as expectativas de inflação para definir os juros.
“Nós tivemos pioras consecutivas nas expectativas desde novembro. Há mais de 14 semanas temos expectativas de inflação pior”, afirmou o presidente do BC.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que os juros estariam em 18,75% se não fosse a rápida elevação da taxa Selic, mas que a inflação ainda está muito acima da meta de 3%. Segundo ele, se o Brasil quiser convergir a inflação para a meta, os juros teriam que ser de 26%. Além disso, ele reclamou que as atas e comunicações do Banco Central estão sendo usadas para debate político, apesar de serem textos técnicos que seguem modelos internacionais de outras autoridades monetárias.
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Informações retiradas do Money Times