Nos últimos 12 meses, os preços por metro quadrado dos imóveis nos bairros paulistanos de Pinheiros, Vila Mariana e Itaim Bibi registraram aumentos significativos, com altas de 10%, 8,9% e 7,6%, respectivamente, de acordo com dados de agosto da FipeZap.
Esse fenômeno está ligado à demanda crescente por apartamentos em áreas nobres próximas a estações de metrô e regiões com concentração de escritórios. A escassez de terrenos no centro financeiro de São Paulo contribui para impulsionar os preços imobiliários nessas áreas.
Especialistas apontam que o aumento dos preços também se deve à correção monetária e ao crescimento dos custos de produção, refletido no Índice Nacional da Construção Civil (INCC), que teve um aumento de 3,23% nos últimos 12 meses até agosto. Além disso, há um movimento de demolição de prédios mais antigos ou menores para dar lugar à construção de unidades mais caras, uma estratégia adotada pelos construtores.
Segundo a pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI), em julho, São Paulo registrou a venda de 5.825 novas unidades residenciais, resultando em um volume geral de vendas (VGV) de R$3,16 bilhões. A maior parte das transações envolveu imóveis com preços de até R$264 mil, seguidos por unidades com valores superiores a R$2,1 milhões.
De acordo com Armando Botelho, diretor comercial da startup de crédito Creditú, a procura por imóveis em áreas nobres de São Paulo reflete uma tendência de retorno a regiões próximas a centros comerciais, após a pandemia de COVID-19 e a adoção do home office terem levado parte da população a bairros mais afastados ou mesmo a cidades vizinhas.
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Informações retiradas de Estadão