De acordo com o levantamento realizado pelo Fipe com o Portal Zap, em 50 cidades do país, o preço dos imóveis residenciais aumentou 0,60% em relação a agosto. O valor médio da casa própria também apresentou uma variação.
Em setembro, o preço dos imóveis superou a inflação. Levando em consideração que o IPCA-15 registrou deflação de 0,37%.
O índice FipeZap (0,60%) ainda ficou acima do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), um dos índices usados para medir a inflação do aluguel. Em setembro, o IGP-M teve queda de -0,95%.
Segundo Larissa Gonçalves, economista do DataZAP+, o mercado imobiliário passa por um reequilíbrio.
“A tendência é que estabilize. Vai depender das conjunturas. Ainda estamos em um momento de decisão (eleitoral) e incertezas do crédito, inflação e Selic. São questões que podem fazer esse crescimento ser acelerado ou arrefecer em 2023. Há várias dúvidas para o ano que vem. Uma delas, por exemplo, é a redução do orçamento para o programa Casa Verde Amarela, que impacta o setor”.
Alta no preço dos imóveis residenciais neste ano
Durante o ano, o preço médio dos imóveis residenciais acelerou 4,73%, superando a inflação do período, que chegou a 4,01% (prévia de setembro).
No entanto, se compararmos com o aluguel, o preço das vendas ainda permaneceu abaixo da inflação das locações.
Variação acumulada no ano nas 16 capitais pesquisadas
- Goiânia (GO): 15,37%
- Vitória (ES): 15,15%
- Curitiba (PR): 10,87%
- João Pessoa (PB): 8,59%
- Maceió (AL): 8,40%
- Florianópolis (SC): 8,32%
- Campo Grande (MS): 7,89%
- Recife (PE): 6,82%
- Salvador (BA): 6,66%
- Fortaleza (CE): 6,33%
- Belo Horizonte (MG): 5,85%
- São Paulo (SP): 3,61%
- Manaus (AM): 3,49%
- Rio de Janeiro (RJ): 2,03%
- Brasília (DF): 1,94%
- Porto Alegre (RS): 1,30%
O preço médio de venda dos imóveis residenciais, calculado baseado nos anúncios das 50 cidades apuradas, foi de R$8.214 m².
Fonte: FDR