O governo português está enfrentando a crise de moradia no país com medidas significativas, a serem apresentadas no orçamento do Estado. Entre elas, destaca-se o maior aumento anual do salário mínimo da história do país, com uma atualização de 7,9%, elevando-o de €760 para €820 em 2024. Cerca de 30% da população, composta por 10 milhões de pessoas, recebe esse salário base.
Além do aumento salarial, o governo planeja oferecer ajuda financeira direta para despesas com moradia. Essa assistência será concedida quando a taxa de esforço para cumprir obrigações imobiliárias atingir faixas entre 35% e 55% do salário total. A taxa de esforço em Portugal representa a porcentagem do salário destinada ao pagamento de empréstimos e aluguéis.
No âmbito imobiliário, o governo pretende conceder incentivos fiscais às empresas que disponibilizem imóveis para seus funcionários, como uma medida adicional para enfrentar a crise habitacional. Para reter a mão de obra jovem, o governo propõe o reembolso do valor das matrículas universitárias, isenção de Imposto de Renda no primeiro ano de trabalho e passagens gratuitas nos transportes públicos.
No entanto, a oposição argumenta que as medidas são insuficientes para resolver os problemas urgentes do país. O deputado do Bloco de Esquerda, destaca a existência de um excedente econômico previsto para 2023 e critica o governo por não usar essa margem para oferecer uma assistência mais robusta às pessoas em um momento tão difícil, abrangendo moradia, serviços públicos e salários.
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Informações retiradas de Gian Amato à O Globo