A profissão de corretor de imóveis no Brasil passa por uma fase de valorização e transformação. Segundo pesquisa conduzida pelo Sistema COFECI-CRECI em maio de 2024, o setor tem atraído profissionais cada vez mais qualificados, motivados tanto pela alta possibilidade de rendimentos quanto pela flexibilidade da carreira. O levantamento, feito por meio de mais de 9 mil ligações com corretores cadastrados, reuniu dados quantitativos e qualitativos que ajudam a compor o retrato atualizado da categoria.
Um dos destaques do estudo é o poder aquisitivo dos corretores de imóveis: mais de 90% deles recebem acima da média nacional de R$3.422, e cerca de 19% estão entre os 5% mais ricos do país, com rendimentos mensais superiores a R$10 mil. A estabilidade também se reflete no patrimônio: 62% dos entrevistados possuem imóvel próprio e quitado.
A profissão, no entanto, ainda é predominantemente masculina (68%), apesar de a proporção de homens e mulheres na população brasileira ser equilibrada. A maioria dos corretores é branco ou pardo (92%). Além disso, grande parte atua de forma autônoma ou vinculada a imobiliárias, com foco em imóveis prontos — em detrimento de lançamentos ou imóveis de leilão, ainda pouco explorados.
Outro fator interessante é o alto índice de satisfação com a carreira: 96% afirmam ter orgulho da profissão e 83% se declaram satisfeitos. Cerca de 20% sempre sonharam em ser corretores, e 33% falam outro idioma, demonstrando um mercado que demanda constante qualificação e atualização.
A formação acadêmica é expressiva entre os profissionais, embora a busca por especializações ainda seja limitada. A maioria não possui outra ocupação além da corretagem, o que mostra o setor como fonte primária de renda para a maior parte dos profissionais.
Apesar da competitividade — a maioria realiza menos de 10 vendas por ano e ganha em média menos de R$7 mil por mês —, a profissão oferece espaço para crescimento. O uso de redes sociais como Instagram e Facebook é predominante, e há um interesse crescente por eventos presenciais, com foco em networking e capacitação.
O estudo também aponta que há uma demanda reprimida por conhecimento em áreas como avaliação de imóveis, leilões e vendas de produtos financeiros. A possibilidade de ampliar as comissões com parcerias e indicações é vista com bons olhos por boa parte da categoria.
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Informações da pesquisa conduzida pelo Sistema COFECI-CRECI em maio de 2024