Na última terça-feira (31/09) foi realizado um Webinar da Brain Inteligência Estratégica sobre o desempenho e tendências do mercado imobiliário durante o ano de 2023 e quais são as expectativas ainda para este final de ano.
Acompanhe este artigo e confira os resultados completos.
Dados da Construção Civil em agosto de 2023
Segundo a Brain, houve uma mudança significativa nos cenários econômicos do Brasil, que refletiram diretamente no mercado imobiliário, com destaque para o setor da construção civil, responsável por 15% dos empregos gerados, uma taxa que se encontra atrás apenas do setor de serviços.
Segundo o IBGE, a taxa de desocupação no 3º trimestre foi de 7,7% , o menor nível desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (7,5%). Uma taxa de desocupação baixa é apontada por Marcos Kahtalian como um fator forte para a compra de um imóvel, pois quanto maior a percepção de estabilidade gerada na população, maiores são as chances de compra de um imóvel.
Segundo o estudo, o PIB da construção civil nos últimos dois anos foram positivos, registrando 10% em 2021 e 6,9% em 2022, tendo altas até maiores que o próprio PIB. A previsão da FGV indica que haverá uma redução de 1,6% no PIB da construção este ano e no começo de 2024.
O que esperar para 2024?
Espera-se que permaneça a onda de crescimento positiva em relação aos investimentos no setor, por conta da taxa Selic controlada até o fim do ano e dos demais indicadores como IPCA, INCC e IGP-M, atualmente, 4,61%, 3,2% e -7,2% respectivamente. A previsão para o começo de 2024 é queda nas taxas de juros, alto crescimento no mercado de trabalho e alto rendimento médio.
Intenção de compras de imóveis no 3 tri de 2023
A pesquisa realizada pela Brain com mais de 3.000 entrevistados, contou com a participação de diferentes grupos etários (Geração X,Y,Z e Baby Boomers) distribuídos em diferentes regiões do país (Norte, Sul, Leste e Oeste).
O índice de pesquisa de compras de imóveis nos últimos 12 meses, revela que o tipo de imóveis mais comprados são os residenciais, que correspondem a 86% das respostas, contra 9% que compraram para lazer, e 10% para utilizar de forma comercial. O levantamento também mostra que a evolução de compras nos últimos 12 meses permaneceu positiva, tendo 10% em fevereiro e 10% em setembro.
Os motivos das compras, segundo a pesquisa, revelam que 64% dos entrevistados compraram um imóvel para moradia própria ou familiar, 35% compraram um imóvel como investimento para alugar ou revender e 1% para lazer.
Referente aos valores, 42% dos entrevistados no terceiro trimestre compraram um imóvel na faixa dos R$200 mil, 31% de R$200 a R$400 mil, 14% compraram de R$400 a 600 mil, 7% compraram de R$600 à R$800 mil e 6% compraram acima dos R$800 mil.
Intenção de compra para os próximos 24 meses
Segundo o levantamento, referente as intenções de compra nos próximos 24 meses no Brasil, 61% dos entrevistados não pretendem comprar imóveis neste período, 28% pretendem comprar mas ainda não pesquisaram, 7% pretendem comprar e já estão à procura na internet e 4% pretendem comprar e já estão em contato com imobiliárias e fazendo visitas, tendo uma média de 39% em agosto de 2023, a intenção voltou a ter alta depois do período da pandemia.
Além disso, a pesquisa mostra que uma média de 65% dos entrevistados desejam comprar imóveis em até 2 anos.
Desta intenção, o interesse voltado para compras de imóveis na região Centro-Oeste e Norte lideram a pesquisa com 48%, tendo em vista que o programa Minha Casa Minha Vida tem uma forte presença nessas regiões.
A geração Z vem demonstrando o maior interesse em compras de imóveis, sendo eles 45% dos entrevistados, esses números tiveram uma alta comparado a anos anteriores e mostrando uma nova tendência de compras dessa geração.
Na pesquisa, entende-se que as gerações como Baby Boomers tem um baixo interesse de compras por já terem conquistado seu primeiro imóvel. Embora eles possuam a menor intenção de compra, esse índice aumentou de 21% no segundo trimestre para 30% no terceiro trimestre de 2023, esse interesse tem relação direto com investimentos ou lazer.
O levantamento também mostra que a maior intenção de compra (46%) vem dos entrevistados que possuem renda acima de R$15.000, os entrevistados com renda entre R$2.000 à R$5.000 tiveram uma alta na intenção de compra do 2° trimestre para o 3°trimestre de 2023.
Já na comparação por geração X renda, é revelado que no 3° trimestre de 2023 a geração Z (21 a 26 anos) com renda acima de R$15.000 possui a maior intenção de compra no momento, com 59%.
Referente ao tipo de imóvel, a pesquisa mostra que o mais desejado entre os entrevistados é o modelo residencial para moradia (86%) sendo 55% preferência por casas de rua, 36% preferência por apartamentos, 23% casa em condomínio fechado, 9% loteamento aberto, 6% loteamento fechado, e 1% preferência por chácaras. 34% dos entrevistados revelam que a motivação da compra seria para não pagar mais aluguel.
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Informações retiradas de Brain Inteligência