Já percebeu que há semelhanças entre a Teoria da Evolução de Charles Darwin e o mercado de capitais? Um dos pontos em que os assuntos se tocam é a limitação da disponibilidade de recursos. É ela que, em suma, faz com que as pessoas lutem pela sobrevivência. E sobrevive que tem diferenciais. É o que acontece, por exemplo, com os fundos imobiliários.
Diferenciais favorecem a evolução dos fundos imobiliários
Os diferenciais dos fundos imobiliários garantem a atratividade na indústria. Tanto que, em pouco mais de dois anos, o número de investidores na modalidade saltou mais de 1,5 milhão.
Isso, sem falar no crescente interesse dos investidores institucionais, que não parecem desanimar diante da barreira tributária. A categoria, que já representa 20% na posição em custódia de FIIs, segundo a B3.
Afinal, desde sua criação em 2011, o Ifix bate os referenciais do ambiente doméstico, tal como Ibovespa, CDI e IPCA
E que diferenciais são esses dos fundos imobiliários? Podemos citar três, só para começar:
- Acesso fácil ao time de gestão, que oferece um acompanhamento muito próximo aos investidores;
- Possibilidade de informações mensais sobre os ativos (sejam gerenciais ou contábeis);
- Distribuição periódica de proventos (com isenção tributária).
Riscos e mudanças para 2023
O ano de 2023 deve chegar com algumas mudanças nos fundos imobiliários. O CVM já está aperfeiçoando alguns processos, principalmente em relação às ofertas públicas, que devem ter mais transparência e liquidez.
Tem havido também movimentações de grandes players sobre portfólios enxutos e/ou descontados. Pode ser tanto reflexo de uma busca por geração de valor dos fundos/gestores mais arrojados ou, no caso dos FIIs mais descontados, pela insatisfação dos cotistas em relação à performance operacional dos ativos.
Mas é preciso cuidado com o conflito de interesses. As assembleias gerais extraordinárias, por exemplo, têm partido de cotistas relevantes dos próprios fundos imobiliários.
Maior profissionalização da indústria de fundos imobiliários
Informações assim precisam ser compartilhadas para que a base de cotistas como um todo seja preservada, sem privilegiar informações para players específicos.
Vale lembrar que no mercado de ações, os acionistas com mais de 5% da base societária são revelados nas comunicações da empresa.
Por isso, é preciso que a discussão sobre assuntos como esse seja recorrente, melhorando a profissionalização e incentivando a evolução da indústria de fundos imobiliários.
Fonte: Seu Dinheiro