Nova York está negando a maioria das inscrições do Airbnb e de outros anfitriões de aluguel de temporada que buscam legalizar suas hospedagens de curto prazo. Recentemente, a cidade implementou novas leis que exigem que todos os anfitriões que oferecem acomodações por menos de 30 dias solicitem uma licença para operar, visando garantir a conformidade com as rigorosas regras de habitação da cidade. Até agora, a cidade recebeu 4.794 inscrições e revisou 1.697 delas.
No entanto, 57% dessas inscrições foram devolvidas aos anfitriões para fornecer informações adicionais ou corrigir deficiências. Apenas 28% dos candidatos receberam licenças, desde que atendessem aos regulamentos que proíbem aluguéis de curto prazo na maioria dos apartamentos por menos de 30 dias, a menos que o inquilino esteja presente. O diretor executivo do Escritório de Fiscalização Especial de Nova York, responsável por regulamentar os aluguéis de curto prazo, explicou que muitos anfitriões ainda enviam inscrições para propriedades inadequadas, resultando em um esforço significativo de educação para garantir a conformidade.
Desafios a frente
O Airbnb está enfrentando desafios em Nova York devido às regulamentações locais. As listagens disponíveis para reservas por menos de 30 dias caíram 89% em relação ao início de agosto, atingindo 2.322 em setembro, segundo a empresa de análise de mercado AirDNA. A empresa de compartilhamento de hospedagem lutou contra as regulamentações da cidade por muitos anos.
Críticos argumentam que o Airbnb contribuiu para aumentos nos aluguéis e limitou a disponibilidade em um mercado imobiliário já apertado, enquanto alguns anfitriões alegam que dependem da renda extra para pagar hipotecas. No entanto, quando as regulamentações entraram em vigor em setembro, a empresa afirmou que Nova York representava apenas cerca de 1% de sua receita anual.
Para contornar as regulamentações, muitos anfitriões começaram a oferecer aluguéis de longa duração com um mínimo de 30 dias, evitando a necessidade de licenciamento. Esses aluguéis, em grande parte desregulamentados, agora representam 94% de todas as listagens do Airbnb em Nova York, um aumento de 54% desde agosto.
Colaboração
A cidade de Nova York trabalhou em estreita colaboração com as plataformas de aluguel, resultando em uma conformidade mais rigorosa e uma redução significativa nas listagens ilegais de aluguéis de curto prazo. O Airbnb afirmou colaborar com o Escritório de Fiscalização Especial da cidade para identificar e impedir listagens não registradas.
A cidade alega que mais da metade dos ganhos do Airbnb em Nova York vinha de listagens ilegais. A exigência de registro visa responsabilizar as plataformas e bloquear transações financeiras de unidades não registradas. Embora a fiscalização tenha tido impacto, alguns anfitriões agora estão recorrendo a plataformas alternativas, como Craigslist e Facebook Marketplace, para listar suas propriedades e evitar as regras. Isso levou a um mercado negro de aluguéis de curto prazo na cidade.
Os anfitriões anunciam suas residências como “alternativas ao Airbnb” de “superhosts” veteranos com avaliações de 5 estrelas, um status muito procurado concedido pelo Airbnb a anfitriões bem avaliados e experientes.
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Informações retiradas de Natalie Lung à Bloomberg