Em julho, o setor da construção no Brasil gerou 25.423 novos empregos com carteira assinada, marcando o sétimo mês consecutivo de saldo positivo na criação de vagas. Esses dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego por meio do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
De acordo com a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, o número total de trabalhadores formais na construção chegou a 2,615 milhões, o maior desde setembro de 2015 (2,641 milhões), considerando as séries do Caged e do novo Caged. Ela destacou a resistência do mercado de trabalho da construção, mesmo em um cenário com altas taxas de juros.
A construção de edifícios gerou 8.119 novos empregos, o segmento de infraestrutura registrou 7.279 novas vagas e os serviços especializados da construção, que incluem demolição, preparação do terreno e instalações elétricas, hidráulicas e obras de acabamento, geraram 10.025 novos postos de trabalho.
É relevante destacar que a construção responde por 6% do total de empregos formais no país, mas em julho contribuiu significativamente, representando 17,82% dos novos empregos criados no mercado de trabalho brasileiro, que teve uma abertura líquida de 142.702 vagas com carteira assinada nesse mês.
No entanto, apesar desses resultados positivos, o número de novos empregos gerados pelo setor da construção de janeiro a julho deste ano foi menor em comparação com o mesmo período de 2022, com 194.471 vagas em 2023 e 217.580 no ano anterior. A analista Ieda menciona que esse declínio pode ser atribuído à demora na implementação das novas condições do programa Minha Casa, Minha Vida para 2023, às altas taxas de juros e às incertezas no início do ano.
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Informações retiradas de CBIC