Típico da arquitetura islâmica desde o século 14, o muxarabi foi introduzido na arquitetura brasileira e faz sucesso em diversos projetos. O elemento vazado, utilizado em paredes, móveis e divisórias, dá charme ao ambiente, permitindo ainda a entrada de ar.
Vantagens
O muxarabi sai na frente sobretudo quando se quer valorizar a estética do ambiente. “Pode ser uma peça considerada como obra de arte, devido às possibilidades de materiais, desenhos, formatos e outros detalhes. Salas , quartos e varandas são excelentes ambientes para se usar”, afirma a arquiteta Ana Cano Milman.
“Gostamos muito do suspense que o muxarabi cria, sombrear e criar a sensação de privacidade entre ambientes sem perder a ventilação natural, a sensação de ver mas não ver tudo, o jogo de sombras projetado também fica muito legal. Achamos interessante colocar no hall de entrada de maneira que não revele todo o espaço de uma vez só. Funciona muito bem também em fachadas para proteção solar”, recomendam os arquitetos Luis Canepa e André Chukr, do escritório LCAC Arquitetura.
Eles são unânimes em dizer que a cozinha não é o melhor local, pelo acúmulo de gordura que dificulta a limpeza. “O muxarabi tem que ser proporcional ao local onde ele tá sendo inserido. Não há muita regra, pode estar em vãos pequenininhos ou vãos bem maiores”, avalia o arquiteto Pietro Terlizzi.
“Os cuidados gerais, para manter o brilho da madeira e a proteção natural, são os mesmos de outras peças em madeira”, lembra Ana. “Sempre precisa de uma atenção maior para limpar todos os pequenos espaços”, observam os membros do LCAC Arquitetura.
Desvantagens
“A escolha do muxarabi faz muita diferença no custo e no prazo, porque é um desenho muito mais difícil de executar. Geralmente usamos em áreas mais nobres da casa, como o living. Existem várias maneiras de trabalha-lo: com um recorte só dos quadrados, que é um pouco mais simples, mais ou menos como um laser, e também o muxarabi sobreposto, onde trabalhamos com uma ripa na frente e outra atrás formando os quadrados. Esse tipo é muito mais trabalhoso, e é feito manualmente. Então o preço sobe e o prazo também”, esclarecem Fernanda Tegacini, Fernanda Morais e Nathalia Mouco, do escritório Très Arquitetura.
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Informações retiradas da Casa Vogue