As incorporadoras ligadas ao programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV) registraram um dos melhores desempenhos da história no terceiro trimestre de 2024. Com lucro líquido consolidado de R$ 539 milhões, uma alta de 143% em relação ao mesmo período de 2023, o setor celebra o crescimento na velocidade de vendas, a valorização dos imóveis e a melhora nas margens de lucro.
A receita líquida total das incorporadoras, incluindo Cury, Direcional, MRV, Plano & Plano e Tenda, alcançou R$ 6 bilhões, uma alta de 31% na comparação anual. O aumento de lucro superou o crescimento da receita devido à eficiência na gestão de custos administrativos e comerciais. Analistas apontam que as condições favoráveis do programa, somadas a subsídios ampliados, cortes de juros e maior teto de financiamento, são os principais fatores para o desempenho positivo.
“Foi mais uma boa temporada para as empresas do setor imobiliário de baixa renda. As condições do programa continuam muito favoráveis”, explicou Fanny Oreng, analista de construção civil do Santander. André Mazini, do Citi, destacou que, apesar dos avanços, a inflação no setor é um ponto de atenção, exigindo ajustes para manter as margens de lucratividade.
Além disso, o orçamento do FGTS para 2025 reforça o cenário promissor, com R$ 101 bilhões destinados ao financiamento de imóveis novos. Programas estaduais como Casa Paulista, Morar Bem e Casa Fácil têm impulsionado ainda mais o mercado, oferecendo subsídios adicionais às famílias.
O ajuste das regras do MCMV pelo governo federal, como o aumento no valor do subsídio, cortes na alíquota de tributação e ampliação do prazo de financiamento, também estimulou as vendas. Como resultado, os lançamentos somaram 47.525 unidades no terceiro trimestre, um crescimento de 31,8%, enquanto as vendas dispararam 46,9%, alcançando 46.142 unidades.
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Informações retiradas de Estadão