Os millennials, nascidos entre 1982 e 1994, estão demonstrando uma surpreendente intenção de compra de imóveis, desafiando a imagem de “geração do desapego”. Uma pesquisa recente realizada pela Brain Inteligência Estratégica revelou que os millennials representam a segunda maior fatia de intenção de compra de imóveis (43%), perdendo apenas para a Geração Z (45%) e superando a Geração X (34%) e os baby boomers (30%).
O estudo, que ouviu 3.243 pessoas com idades entre 21 e 75 anos em agosto de 2023, revelou que 53% dos entrevistados fazem parte da Geração Y, enquanto a Geração Z compõe 11%, a Geração X 30%, e os baby boomers 6%.
Os millennials eram considerados “terror” para o mercado imobiliário, pois não eram vistos como potenciais compradores de imóveis. No entanto, essa perspectiva tem evoluído ao longo do tempo. Conforme as pessoas envelhecem, tendem a se assemelhar mais à geração anterior, e os millennials agora demonstram interesse em adquirir imóveis ou, pelo menos, manifestam a intenção de fazê-lo.
A pesquisa revela que a maioria dos brasileiros que planejam adquirir imóveis nos próximos dois anos está nas gerações Y e Z. Eles têm motivações semelhantes, incluindo a transição demográfica, como sair do aluguel, sair da casa dos pais e casar. Os millennials também mostram interesse em comprar imóveis maiores ou de maior qualidade.
A faixa de investimento pretendida para a compra de imóveis é geralmente de até R$300 mil, com a preferência por casas em ruas ou condomínios fechados, dependendo da geração. Os apartamentos são mais populares entre a geração Z, enquanto a geração Y tende a preferir casas.
X+
De acordo com uma pesquisa da Brain, a geração X (43 a 58 anos) e os baby boomers (59 a 77 anos) estão abaixo da média nacional, com 34% e 30% das intenções de compra, respectivamente. Em uma fase mais estável economicamente, essas gerações buscam investir em imóveis motivadas por upgrades (43% baby boomers, 35% geração X) e transição demográfica (39% geração X).
Apesar da preferência geral por imóveis até R$200 mil, há destaque nas intenções de compra de imóveis entre R$300 mil e R$500 mil, mencionados por 25% e 22% da geração X e baby boomers, respectivamente. A preferência por casas em rua é notável, representando 48% (geração X) e 64% (baby boomers), superando apartamentos (36% para ambos) e casas em condomínio fechado (32% geração X, 21% baby boomers).
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Informações retiradas de Sharon Abdalla à Gazeta do Povo