O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reporta de metro quadrado para aluguel chega às máximas em seis capitais. Alta de 3,21% no valor do aluguel residencial em 2023, abaixo da média nacional. No entanto, uma pesquisa do QuintoAndar revela que nas principais capitais do país, como no Rio de Janeiro, o bairro do Leblon ultrapassou pela primeira vez os R$100 por metro quadrado no custo de aluguel.
Em São Paulo, a Vila Olímpia se aproxima dos três dígitos, com R$95,30, indicando que a situação nas grandes cidades brasileiras não segue a tendência nacional de alívio nos preços do aluguel residencial.
O Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb analisou o mercado imobiliário de seis das principais capitais do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. No ano passado, todas essas cidades registraram os maiores valores médios do metro quadrado para aluguel desde o início da série da pesquisa em 2019. São Paulo lidera a lista, com uma média de quase R$60 por metro quadrado.
- São Paulo: R$ 59,82 — alta de 9,47%;
- Brasília: R$ 43,46 — alta de 12,24%;
- Rio de Janeiro: R$ 39,09 — alta de 14,11%;
- Curitiba: R$ 36,43 — alta de 21,03%;
- Belo Horizonte: R$ 33,73 — alta de 22,88%;
- Porto Alegre: R$ 32,12 — alta de 13,83%.
O relatório aponta uma mudança no padrão de demanda por aluguéis, revelando que a alta acumulada em 2023 é inferior à registrada no ano anterior em metade das cidades analisadas. O movimento de recuperação pós-pandemia impulsionou significativamente os preços do aluguel, com aumento mais expressivo nas capitais em comparação com a inflação no período.
Thiago Reis, gerente de dados do Grupo QuintoAndar, destaca que, embora a valorização tenha preocupado os inquilinos, há um alívio perceptível em muitas cidades devido a um movimento de desaceleração.
O QuintoAndar antecipa um aquecimento no mercado imobiliário para o ano de 2024. O principal impulsionador dessa previsão é o ciclo de redução da taxa básica de juros, a Selic. A diminuição dos juros torna os consumidores mais propensos a buscar financiamentos, o que, por sua vez, contribui para um aumento no estoque de imóveis disponíveis para locação.
Busca por mais espaço
O retorno ao trabalho presencial após as flexibilizações da pandemia de Covid trouxe mudanças no comportamento dos profissionais. Desde o trânsito matinal até os bares lotados à noite, é evidente que o padrão de ir ao escritório se transformou. Empresas passaram a exigir maior presença dos funcionários, reforçando a tendência da “semana de deputado” com preferência pelos dias úteis.
No mercado imobiliário de São Paulo, o último ano registrou um aumento acumulado de 8,42% nos imóveis de um dormitório, enquanto os de dois e três dormitórios apresentaram valorizações mais expressivas, alcançando 11,39% e 12,1%, respectivamente. Essa tendência é menos pronunciada em cidades com uma oferta limitada de novos imóveis, como no Rio de Janeiro, onde apartamentos de um quarto continuam em ascensão com uma alta de 16,29%, superando os aumentos de 13,01% para dois dormitórios e 13,29% para três dormitórios.
São Paulo
- 1 quarto: 8,42%
- 2 quartos: 11,39%
- 3 quartos: 12,1%
Rio de Janeiro
- 1 quarto: 16,29%
- 2 quartos: 13,01%
- 3 quartos: 13,29%
Curitiba
- 1 quarto: 24,44%
- 2 quartos: 20,98%
- 3 quartos: 16,85%
Belo Horizonte
- 1 quarto: 14,23%
- 2 quartos: 26,17%
- 3 quartos: 23,8%
Porto Alegre
- 1 quarto: 13,19%
- 2 quartos: 12,28%
- 3 quartos: 17,86%
Brasília
- 1 quarto: 10,4%
- 2 quartos: 9,64%
- 3 quartos: 10,67%
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Informações retiradas de G1