No cenário pós-Covid, o trabalho híbrido tem se consolidado como a norma para muitas empresas, resultando em uma redução na demanda por espaços corporativos. Nos Estados Unidos, empresas que estão renovando contratos de aluguel estão optando por acordos de até 15 anos, com uma significativa diminuição no número de andares e salas em comparação com suas ocupações anteriores.
De acordo com dados da CoStar, empresa especializada em informações do mercado imobiliário, no segundo trimestre deste ano, as empresas norte-americanas alugaram cerca de 9,1 milhões de metros quadrados em novos espaços, uma cifra substancialmente maior do que os 5,3 milhões do mesmo período no ano passado.
De acordo com informações da empresa de análise imobiliária CoStar, houve uma queda significativa na metragem média dos contratos de aluguel de escritórios, com uma diminuição de 19% em comparação com a média entre 2015 e 2019. A tendência de redução de espaço pode persistir nos próximos anos, já que mais da metade dos contratos de aluguel foram assinados antes de 2020 e ainda estão ativos.
Antes da pandemia, a taxa de vacância nos prédios de escritórios estava em 9,5%. No entanto, esse número aumentou para 13,2% devido aos impactos da pandemia. A CoStar projeta que a porcentagem de espaço não ocupado poderá ultrapassar 17% até o final de 2026.
Um exemplo notável dessa tendência é a IBM, que reduziu pela metade o espaço alugado em Austin, e a Aon, que diminuiu em 25% a área de seus escritórios em Chicago.
De acordo com dados fornecidos pela Scoop Technologies, uma empresa focada em tendências de trabalho, as práticas laborais nas empresas americanas estão passando por uma notável transformação em direção ao modelo híbrido. Atualmente, cerca de 61% das empresas nos Estados Unidos permitem que seus colaboradores trabalhem em casa pelo menos parte da semana. Isso representa um aumento considerável em comparação aos 51% registrados no início do ano.
Uma tendência relacionada é a diminuição do número de empresas que insistem no trabalho presencial diário. Apenas 39% das empresas agora requerem que seus funcionários estejam presentes fisicamente todos os dias, em contraste com os 49% anteriores. Essa mudança é possivelmente um reflexo da crescente aceitação do trabalho híbrido, que combina trabalho remoto com presença no escritório. Essa cultura está se tornando mais intrínseca, especialmente nas startups, indicando que a preferência pelo trabalho híbrido pode continuar a aumentar.
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Informações retiradas de Giuliano Guandalini à Brazil Journal