O setor imobiliário no Brasil tem enfrentado incertezas em relação às taxas de juros e ao cenário internacional, o que impactou as vendas de imóveis desde março de 2022. A volatilidade nas taxas de câmbio e as incertezas sobre o custo de construção, que aumentou mais de 8% desde novembro de 2020, contribuíram para um ambiente nebuloso. No entanto, nos últimos meses, o mercado residencial tem apresentado sinais positivos.
Entre novembro do ano passado e maio deste ano, as preocupações com os gastos do governo acima das expectativas levantaram dúvidas sobre a trajetória econômica do Brasil em 2023. Felizmente, o período subsequente trouxe uma virada favorável. Apesar da necessidade de validação prática do Arcabouço Fiscal, ele reduziu o risco iminente de problemas fiscais graves, aliviando incertezas.
Além disso, melhorias no cenário global, juntamente com resultados positivos nos setores agrícola e petroleiro, impulsionaram a economia sem causar pressões inflacionárias devido à valorização da moeda nacional. Especialistas acreditam que a convergência da inflação para a meta estipulada pelo Banco Central poderá ocorrer sem uma desaceleração econômica tão acentuada quanto prevista anteriormente.
No cenário econômico atual, as perspectivas de corte na taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central e as indicações do Conselho Monetário Nacional apontam para um ambiente favorável ao mercado de compra e venda de imóveis. A previsão de quedas contínuas nas taxas de juros ao longo de 2023 e 2024 promete impulsionar o setor, tornando o financiamento imobiliário mais acessível.
Além disso, as recentes mudanças nas regras do programa Minha Casa Minha Vida devem estimular o segmento econômico, incluindo redução nas taxas de juros, aumento do subsídio e ampliação dos limites de renda e valores dos imóveis.
A recente ampliação do valor máximo para financiamentos imobiliários promete impactar positivamente o mercado, permitindo a inclusão de diferentes perfis de produtos imobiliários em cidades com limites anteriores até R$240.000.
Mesmo nas três maiores cidades do Brasil, essa medida terá um efeito significativo, uma vez que a faixa 3 de renda agora pode financiar imóveis de até R$320.000, considerando as condições de entrada, prazo e juros estipulados. A Caixa Econômica Federal estima um acréscimo de 40 mil financiamentos adicionais através dessa faixa ainda este ano, impulsionado pela ampliação para o teto de R$350.000.
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Informações retiradas de Pedro Tenório à Exame