A crise habitacional nas regiões centrais das metrópoles tem alta nos últimos anos, sobretudo no Rio de Janeiro e em São Paulo. De acordo com dados do IBGE, o número de residências vazias duplicou nas capitais desses estados. A alta da violência, o aumento de moradores sem teto e a expansão da cracolândia em São Paulo contribuem para o aumento no volume de moradias vazias, intensificando o clima de decadência na região.
A pandemia da Covid-19 também desempenhou um papel no agravamento da crise, com o aumento do desemprego, a queda na renda familiar e o êxodo de famílias mais estruturadas para cidades do interior.
Especialistas comentam
Segundo Jonas Moital, engenheiro e empresário do setor de construção civil e mercado imobiliário, durante a pandemia, houve um grande êxodo de pessoas que deixaram a capital paulista em busca de uma vida mais próxima do interior.
A situação do centro histórico de São Paulo, com foco na Praça da República, e destaca a falta de cumprimento das promessas feitas pelo governo de revitalizar a região e combater o problema da cracolândia. Há 15 anos, o governo ofereceu incentivos aos empresários para mudarem seus escritórios para o centro velho da cidade, mas as melhorias não ocorreram conforme o prometido.
O empresário Olivier Anquier afirma que “não foi feito absolutamente nada do que foi prometido”. Atualmente, o movimento Basílio 177 busca revitalizar prédios antigos, como o da antiga Telesp, na Praça da República, transformando-os em condomínios residenciais.
No entanto, vender imóveis nessa região é desafiador, pois os compradores se interessam mais pelo valor histórico do imóvel do que pelas condições do entorno. O corretor de imóveis Marcos Sena explica que muitas vezes compradores adquirem propriedades nessas áreas por apresentarem cômodos mais amplos e um preço de metro quadrado mais baixo comparadas às demais áreas em SP, mas desistem de viver na região devido à insegurança.
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Informações retiradas de IstoÉ