O mercado imobiliário de Belo Horizonte está em plena expansão, com resultados impressionantes até setembro de 2024. Durante os últimos 12 meses, a cidade registrou um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 5,14 bilhões, superando recordes anteriores. No mesmo período, o Valor Geral de Locação (VGL) alcançou R$ 6,38 bilhões, marcando a maior alta desde março de 2022. Além disso, o volume de imóveis vendidos aumentou 40% em relação ao mesmo intervalo de 2023.
Os dados são provenientes de um estudo realizado pela Brain Inteligência Estratégica e apresentado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) durante o 1º Encontro de Incorporadores do Estado de Minas Gerais (Inc Minas), realizado no Minascentro.
Expansão e lançamentos
Belo Horizonte registrou 6.083 unidades lançadas e 6.781 unidades vendidas nos últimos 12 meses até setembro de 2024. Somente neste ano, a cidade recebeu 5.043 novas unidades, com 60% delas pertencendo ao segmento de médio e alto padrão, com valores variando de R$ 350 mil a R$ 1,5 milhão. Do total de unidades vendidas, 70% estão dentro dessa mesma faixa de preço.
Guilherme Werner, sócio-consultor da Brain, destaca que, embora o volume de lançamentos tenha crescido 4% de janeiro a setembro, o volume de vendas foi 40% superior. Ele também menciona que a faixa 3 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que contempla imóveis com valores entre R$ 264 mil e R$ 350 mil, tem acelerado a velocidade de vendas na cidade.
Crescimento dos residenciais verticais
Outro ponto de destaque no mercado de Belo Horizonte é o crescimento dos empreendimentos residenciais verticais. Nos primeiros nove meses de 2024, a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) registrou 3.290 lançamentos desse tipo, um aumento de 55,2% em comparação ao mesmo período de 2023. A Capital e a cidade de Nova Lima concentraram quase 75% dos lançamentos, refletindo uma tendência de verticalização crescente.
Luiz França, presidente da Abrainc, afirma que a verticalização está se consolidando como uma tendência global. Em cidades grandes como Belo Horizonte, isso se torna ainda mais evidente, com a demanda crescente por empreendimentos em prédios, em detrimento das casas.
Potencial de crescimento
Um dado relevante apresentado no Inc Minas é o grande potencial de crescimento do mercado imobiliário de Belo Horizonte, comparado a outras capitais brasileiras. Embora o mercado tenha mostrado resultados positivos, ainda há espaço para expansão, especialmente em relação ao lançamento de apartamentos compactos. Nos últimos cinco anos, apenas 49 empreendimentos do tipo compacto foram lançados na cidade.
Guilherme Werner destaca que a popularização dos apartamentos compactos, já consolidada em cidades como São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, depende não apenas da confiança dos empresários e do apetite dos compradores, mas também de fatores regulatórios e legislativos, que podem limitar o avanço desse modelo no mercado local.
Com esses resultados promissores, Belo Horizonte continua a se firmar como um dos principais polos de desenvolvimento do mercado imobiliário brasileiro, com grandes perspectivas para o futuro.
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Informações retiradas de Diário do Comércio