O mercado imobiliário da zona do euro já superou sua recente queda e pode enfrentar novas altas nos preços, o que pode comprometer ainda mais a acessibilidade da moradia. A avaliação foi feita pelo Banco Central Europeu (BCE) em um artigo publicado no Boletim Econômico.
A retração nos preços começou em 2022, impulsionada pelo aumento da inflação, custos elevados de energia e a alta dos juros. No entanto, essa queda foi limitada: entre o pico e o ponto mais baixo, os preços caíram apenas 3% em um ano e meio, um recuo menor do que o registrado durante a crise financeira global e a crise da dívida soberana, quando as perdas chegaram a quase 5%, destacou o BCE.
“O nível dos preços dos imóveis permaneceu alto”, afirmou o BCE. “Isso afetou negativamente a acessibilidade dos preços das moradias, apesar de uma política monetária menos restritiva.”
A instituição também ressaltou que o mercado imobiliário pode continuar sua trajetória de valorização devido a restrições na oferta e à demanda ainda aquecida. “A evolução dos preços dos imóveis pode muito bem continuar em sua trajetória ascendente, embora essa possa não ser uma perspectiva totalmente saudável para a economia como um todo”, alertou o BCE.
A recente desaceleração foi menos generalizada que em crises anteriores. Apenas 12 dos 20 países da zona do euro registraram quedas nos preços, e, desta vez, a Alemanha foi o principal fator de impacto — diferentemente das quedas passadas, que foram mais influenciadas pelos países da periferia do bloco.
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Informações retiradas de Economia UOL