Em 2024, o mercado imobiliário brasileiro se apresenta como uma oportunidade atrativa para investidores devido a fatores como a perspectiva de queda na taxa Selic, iniciada em agosto de 2023, que pode resultar em juros mais baixos, passando de 11,75% ao ano para 9% ao ano até o final do ano.
Esse cenário é propício para o surgimento de novos empreendimentos e reflete a solidez demonstrada pelo setor no segundo semestre de 2023. Além disso, a recuperação da demanda reprimida entre 2020 e 2022, decorrente das incertezas da pandemia, também contribui para o otimismo no mercado imobiliário.
Confira principais tendências para ficar de olho em 2024.
Imóveis residenciais
No atual cenário de queda da taxa Selic, o segmento residencial se destaca em duas perspectivas importantes. Em primeiro lugar, os investidores tendem a direcionar seus recursos para o mercado imobiliário em busca de melhores rendimentos, especialmente quando a renda fixa não oferece retornos atrativos. O relaxamento monetário, representado pela queda da Selic, favorece consideravelmente a demanda por ativos reais, como imóveis.
A redução de juros impacta positivamente os compradores que visam usufruir de imóveis, ampliando suas opções ao possibilitar que faixas de renda mais baixas acessem empreendimentos anteriormente fora de seu alcance. Esse efeito é particularmente evidente no segmento popular do mercado residencial, impulsionado pelas novas faixas do programa Minha Casa Minha Vida. Prevê-se que esse setor seja dominante em 2024, influenciando significativamente os novos projetos imobiliários.
Prédios corporativos
Após o início da pandemia em 2020, muitas empresas adotaram o trabalho remoto, resultando em devoluções de escritórios locados. Em 2023, houve uma consolidação do retorno ao trabalho presencial, especialmente em escritórios de alto padrão localizados em centros de negócios principais. Esses espaços já recuperaram os níveis de ocupação pré-pandemia, indicando uma estabilidade no mercado imobiliário corporativo.
Logística
O setor logístico emergiu como uma exceção resiliente, experimentando relativa estabilidade em comparação com outros segmentos. Embora não haja indicadores de recuperação espetaculares, tampouco há sinais de estagnação. Os armazéns continuam a expandir-se de maneira consistente, impulsionados por uma demanda crescente. O momento atual é marcado por uma expansão contínua das compras online, levando os principais players a se adaptarem às melhores práticas de gestão de estoque e a competirem para garantir entregas cada vez mais rápidas.
Shoppings e hotéis
Após enfrentarem desafios durante a pandemia, os setores de shoppings e hotéis estão previstos para se destacarem em 2024. Ambos enfrentaram interrupções em projetos durante a crise, demandando esforços significativos para reativar empreendimentos parados e realizar novos investimentos para atender à crescente demanda. A recuperação em 2023 não foi suficiente para preencher completamente esse espaço, levando a uma expectativa positiva para projetos em andamento e novos empreendimentos no próximo ano.
Para além da Faria Lima
A análise do potencial imobiliário sob uma perspectiva geográfica continua relevante. Dois setores ou regiões merecem destaque, especialmente fora da tradicional área da Faria Lima. Em primeiro lugar, áreas próximas ao robusto setor agropecuário brasileiro estão testemunhando um aumento significativo na demanda por propriedades, refletindo um fenômeno observado no interior de São Paulo e no Centro-Oeste do país. Esse movimento persiste e se intensifica.
Por outro lado, a região Sul do Brasil está experimentando uma notável chegada de empresas de tecnologia, prevendo-se que isso terá impacto no mercado imobiliário dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
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Informações retiradas de Marcelo Hannud à Money Times