O mercado imobiliário brasileiro, historicamente um dos pilares da economia nacional, atravessou um ano desafiador em 2024. Combinando o impacto da alta da taxa Selic, a reforma tributária em tramitação e um rigoroso ajuste fiscal, o setor se encontra em um ambiente de complexidade que exige estratégia e cautela de investidores e compradores. Contudo, nesse cenário adverso, a aquisição de imóveis se destaca como uma oportunidade para garantir segurança e estabilidade financeira.
A decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic para 12,25% ao ano, anunciada em dezembro de 2024, teve um impacto expressivo no mercado. Com os juros mais altos, o custo do crédito subiu, dificultando a aquisição de residências por famílias e empreendedores que dependem de financiamento. Por outro lado, essa conjuntura também abre espaço para investidores que priorizam ativos tangíveis e menos suscetíveis à volatilidade. “Os imóveis continuam sendo uma opção sólida em tempos de incerteza econômica”, avalia um especialista do setor.
A reforma tributária, atualmente em discussão no Congresso, adiciona novas dinâmicas ao cenário imobiliário. Entre as propostas está o aumento no desconto sobre a alíquota geral do imposto, que subiria de 40% para 50% em transações, além da isenção do imposto para pessoas físicas que possuem imóveis destinados a aluguel. “Essas medidas podem estimular a formalização de contratos de locação e atrair novos investidores”, destaca um analista. Por outro lado, discute-se o aumento na tributação sobre ganhos de capital em operações imobiliárias, o que pode gerar custos adicionais para quem deseja vender propriedades.
O ajuste fiscal também afeta o setor. Embora tenha como objetivo equilibrar as contas públicas e controlar a inflação, ele também pode reduzir investimentos públicos em infraestrutura e limitar os gastos em desenvolvimento urbano. Em Campinas (SP), por exemplo, houve um aumento de 29,5% no lançamento de imóveis em 2024, mas as vendas caíram 8,3%, conforme pesquisa do Secovi-SP. “Essa contradição reflete o impacto da alta das taxas de juros e da menor confiança dos consumidores”, explicou um representante do mercado.
Apesar das dificuldades, investir em imóveis pode oferecer vantagens significativas, mesmo em um ambiente de alta dos juros. Primeiramente, os imóveis tendem a se valorizar ao longo do tempo, mesmo em períodos de inflação. “A aquisição de um imóvel é uma forma de proteger o capital contra a desvalorização da moeda”, afirma um economista. Além disso, a geração de renda por meio de aluguéis é uma opção atrativa, principalmente diante da possível isenção tributária para contratos de menor valor.
Outro aspecto relevante é a diversificação de portfólios. Em tempos de incerteza econômica, diversificar é essencial para mitigar riscos. “Investir em imóveis oferece proteção contra a volatilidade dos mercados financeiros e a instabilidade política”, reforça um consultor financeiro.
Por fim, a aquisição de imóveis não se limita a uma decisão financeira. “É também um investimento em patrimônio e qualidade de vida”, observa um corretor de imóveis. Garantir um local que atenda às necessidades e ao estilo de vida do comprador proporciona conforto, segurança e bem-estar para toda a família.
Em resumo, enquanto o mercado imobiliário enfrenta desafios significativos, ele também apresenta oportunidades únicas para aqueles que buscam transformação de adversidades em ganhos de longo prazo. A aquisição de imóveis segue sendo uma estratégia eficaz para consolidar segurança financeira e patrimonial.
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Informações retiradas de Economia SP