Os minimercados dentro de condomínios residenciais tornaram-se alvo das grandes redes de varejo e construtoras de apartamentos. Essas lojas, que ocupam pequenos espaços de 5 a 30 metros quadrados, operam sem funcionários e ficam abertas 24 horas por dia, oferecendo até 500 produtos essenciais, como alimentos, bebidas e itens de limpeza. Os moradores podem fazer suas compras através de caixas de autoatendimento ou de aplicativos de celular, em um processo similar ao das lojas Amazon Go nos EUA.
Além de fornecer conveniência aos condôminos, essa estratégia também pode valorizar os imóveis, elevando os preços em até R$50 mil.
Após o período de pandemia, os minimercados no Brasil estão experimentando um aumento significativo de interesse, tornando-se um foco para redes de supermercados e empresas do varejo alimentar. Eles agora são considerados um elemento essencial em projetos residenciais, com construtoras como Cyrela, MRV e Cury incorporando esses estabelecimentos em seus empreendimentos.
Especialistas afirmam que a presença de minimercados pode valorizar os imóveis em até 10%, o que equivale a até R$50 mil. Uma pesquisa realizada pela DataZap indica que aproximadamente 30% das pessoas consideram a presença de minimercados nos condomínios um fator importante na decisão de compra ou locação de imóveis.
De acordo com Natalia Ribeiro, especialista em inteligência de mercado do Grupo OLX, os mercadinhos estão entre os itens mais desejados por compradores de imóveis, perdendo apenas para espaços de delivery e para animais de estimação. Esta preferência é particularmente evidente nas gerações Y (30 a 40 anos) e X (40 a 60 anos), com 34% e 31% de incidência, respectivamente. Além disso, há um destaque para o interesse entre os entrevistados com rendas superiores a 10 salários mínimos (40%).
Ribeiro ressalta que para os compradores que adotam o regime híbrido ou home office, a presença de minimercados ou lojas de conveniência na área comum do imóvel torna-se ainda mais relevante como uma comodidade importante na escolha da moradia futura.
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Informações retiradas de Lucas Agrela e Márcia De Chiara à Estadão