Até o final de 2022 a empresa Prometheus, especialista em materiais de construção carbono zero, passará a produzir tijolos e bioconcreto à base de microalgas. Essa produção trará diversos benefícios, pois os tijolos tradicionais de concreto possuem alto teor de carbono, enquanto o bioconcreto tem zero carbono. O bioconcreto tem um grande potencial para transformar a construção civil em uma indústria livre de carbono.
Como surgiu?
A Prometheus surgiu através de um projeto de pesquisa da Universidade do Colorado, enquanto eles estudavam microalgas de lagos e lagoas cultivados em biorreatores. Para que as algas pudessem se alimentar, eles adicionaram ar do dióxido de carbono presente na água do mar como na luz das lâmpadas LED, logo, eles perceberam que as algas produzem uma substância semelhante ao cimento, apta para unir areia com cascalho ou pedra para fazer concreto. O método imita o processo natural através do qual os organismos formam recifes de corais e conchas.
As empresas Microsoft Climate Innovation Fund, Sofinnova Partners e o estúdio de arquitetura global SOM (conhecido por criar o Burj Khalifa em Dubai e Nova York, um centro de comércio mundial), financiaram o material e também ajudaram a projetar os tijolos.
A Microsoft inclusive, está apostando em estruturas de data centers sustentáveis, que terão estrutura de tijolos à base de algas e tubos estruturais feitos de micélio, e na mudança para energia 100% renovável até 2025.
Como vai funcionar?
A Prometheus, pretende cultivar as algas, produzir o material semelhante ao cimento e transformá-lo em tijolo em sua fábrica no Colorado, em seguida enviá-los aos clientes. A empresa também tem como projeto que dentro de 18 meses, eles começarão a enviar uma versão seca e leve do biocimento, para que os clientes possam transformá-lo em tijolos – sem equipamentos caros ou pessoal altamente treinado.
Por que importa?
Os materiais oferecem uma possibilidade de zero carbono, no cenário atual, é cada vez mais urgente a necessidade de descarbonizar os edifícios.
A proposta do tijolo da Prometheus, é criar alternativas ao aço e concreto com materiais derivados de plantas! Logo, o setor que hoje é responsável por 11% das emissões de CO2, de acordo com o Relatório de Status Global para Edifícios e Construção 2019, do IEA, passa a absorver o carbono e não entrega só um produto: se torna parte da solução.
Fonte: Startse