O Jardim Europa, conhecido reduto de famílias tradicionais e empresários abastados em São Paulo, está passando por uma notável transformação imobiliária. Dezenas de casas de alto padrão estão passando por reformas ou sendo demolidas para dar lugar a projetos mais modernos, para atender à crescente demanda por residências de luxo na região dos Jardins.
Essa tendência de valorização dos imóveis residenciais e a busca por espaços ao ar livre se intensificaram desde o início da pandemia. A alta procura por mansões tem sido tão significativa que alguns corretores, como Marco Tulio Vilela Lima, CEO da Esquema Imóveis, tiveram dificuldades em atender a demanda devido à escassez de propriedades disponíveis.
Nos últimos tempos, um fenômeno interessante tem ocorrido no mercado imobiliário. O executivo, Vilela Lima, alega que apenas as propriedades com problemas na documentação ou preços muito acima da média não foram vendidas na região. Isso atraiu o interesse de investidores que compram esses imóveis antigos ou fechados, visando reformá-los e revendê-los. Segundo Vilela Lima, aproximadamente 20% a 30% da oferta na área se encaixa nesse perfil.
Um exemplo recente é a venda de uma propriedade de 700 metros quadrados no Jardim Europa, que foi reformada com um estilo “casa de fazenda” e foi vendida por R$8 milhões. Os novos compradores que estão se mudando para o bairro têm em sua maioria entre 40 e 50 anos, muitos deles vindos do mercado financeiro.
Os arquitetos que também atuam como incorporadores imobiliários estão desempenhando um papel significativo no mercado imobiliário, adquirindo propriedades para renová-las ou revitalizá-las. Algumas empresas estão optando por realizar uma renovação completa de imóveis, demolindo e construindo projetos contemporâneos, esses projetos tendem a seguir um design contemporâneo e minimalista, com espaços integrados e áreas externas sofisticadas.
Durante a pandemia, houve um aumento significativo na demanda por esse tipo de renovação, com um aumento de 50% na atividade da empresa, que agora se estabilizou. A cartela de cliente é composta principalmente por famílias que estão saindo de apartamentos ou condomínios fechados para morar em bairros desejados da cidade de São Paulo.
No geral, os Jardins, bairro onde a empresa atua, possui o terceiro metro quadrado médio mais caro para venda residencial em São Paulo, com um valor médio de R$14,6 mil em agosto, ficando atrás apenas de Itaim e Pinheiros, de acordo com o Índice FipeZAP+. Além disso, a região ficou em quarto lugar em termos de valorização no mês anterior, com um aumento de 6,6%.
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Informações retiradas de Valor Econômico