Desde a recente compra da Kabum pelo Magazine Luiza está impossível não prestar atenção na movimentação de fusões e aquisições (ou Mergers & Acquisition – M&A).
Mas como o mercado imobiliário está se comportando?
De uma forma geral, o ano começou bem. Para se ter uma ideia, de acordo com a Sling Hub, só em abril foram feitas 29 operações M&A. Os dados são da startup, que é dona de um banco de dados sobre o mercado de inovação. Isso significou uma movimentação de cerca de R$ 720 milhões.
Já a consultoria KPMG mostra que o primeiro trimestre de 2021 foi o melhor em fusões e aquisições deste 2000. O aumento chegou a quase 47% em relação ao último trimestre de 2020. O próprio Magazine Luiza, aliás, em maio deste ano já havia fechado 17 negócios do tipo.
Como estão as fusões e aquisições no mercado imobiliário
Entretanto, no mercado imobiliário propriamente dito o movimento de fusões e aquisições ainda está começando a esquentar. Em 2019, foi justamente este setor que mais cresceu em M&A.
A própria KPMG mostrou, no início de 2020, que no ano anterior essas operações já haviam aumentado 133% – 77 negócios fechados contra 44 de 2018. Mas então veio o que ninguém esperava: a pandemia.
Mesmo assim, os números mostram que, resiliente como sempre, o mercado imobiliário não se deixou abalar. A pesquisa trimestral da KPMG mostra que nos seis primeiros meses de 2020 foram realizadas 39 operações.
E no primeiro semestre de 2021 esse número caiu para 22, um percentual 43% menor. Todas as operações foram domésticas, ou seja, realizadas entre companhias brasileiras.
Mas por que essa diferença tão grande se a própria pandemia já mostra sinais de arrefecimento? Além disso, de um modo geral o primeiro semestre de 2021 está sendo considerado o melhor em fusões e aquisições dos últimos 10 anos. Foram 804 operações do tipo, um aumento de 55% em relação ao mesmo período de 2020.
Vale a pena analisar um pouco mais profundamente e conhecer o perfil das empresas imobiliárias que se são targets.
Afinal, por que essa diferença?
Em ambos os modelos, o escopo do negócio é o aumento de sua influência e zona de atuação, além de uma busca estratégica de aproximação e ampliação de seu público-alvo.
Para os especialistas, o boom de 2020 foi causado, principalmente, pela necessidade das empresas imobiliárias se adaptarem aos novos hábitos de consumo consolidado pela pandemia, aliado ao ambiente de grande liquidez das companhias.
Assim, neste cenário, empresas capazes de criar um ecossistema tecnológico e de geração de insumos comportamentais orientados por dados que permita escalar e expandir seus negócios são as que mais valorizadas neste mercado.
Isso fica ainda mais claro quando reparamos nos setores com maior quantidade de transações foram de fusões e aquisições: empresas de internet, tecnologia da informação e instituições financeiras.
Globalmente, 2021 também está sendo considerado o melhor ano. Em outubro, já registrava um total de US$ 4,11 trilhões em acordos, superando o ano de 2007, até então considerado o melhor no setor.
Entre os três maiores destaques globais em fusões e aquisições deste ano está a tão esperada fusão das imobiliárias alemãs Deutsche Wohnen e Vonovia.
Cenário se mantém positivo para 2022
Para quem pretende criar estratégia de valorização da empresa imobiliária o caminho é um só: a transformação digital.
É o que mostra a pesquisa “ABES/BR Angels/Solstic Advisors: percepções sobre fusões e aquisições no atual cenário do mercado brasileiro”, realizada em parceria pela Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES), a BR Angels Smart Network e a Solstic Advisors, empresa especializada em operações de M&A e em captação de recursos.
O estudo mostra que 50% das empresas querem fazer fusões ou aquisições nos próximos 12 meses, 86% dos empresários veem momento positivo para fusões e aquisições e 66% dos que pretendem fechar operação M&A têm interesse no setor de tecnologia.
Os números mostram que o cenário é especialmente promissor em 2022 para empresas e negócios que ofereçam soluções inovadoras e complementares nas diversas áreas – inclusive no mercado imobiliário.
Transformação digital impulsiona fusões e aquisições
O estudo mostra ainda que 81,9% dos entrevistados procuraram adequar seus negócios à transformação digital acelerada pela pandemia. Mais da metade aumentou os investimentos específicos em TI para este fim, sendo que 85,1 destes investiram em softwares como SaaS e Cloud.
A questão é que, também no mercado imobiliário, se tornou altamente vantajoso aproximar os negócios da tecnologia. Se por um lado é preciso suprir a própria necessidade de recursos competitivos, por outro a transformação digital valoriza cada vez mais a empresa no mercado, tornando-a mais atraente para fusões e aquisições.
Claro, segundo também mostra a mesma pesquisa, 63% dos interessados em M&A avaliam o modelo de negócio da empresa que vai ser adquirida ou investida, seja qual for o setor.
O aumento do market share ainda é o principal incentivo que levam os empresários a considerar uma operação de fusão e aquisição (42,9%). Mas está longe de ser o único.
A incorporação de tecnologias (35,7%), a aceleração da transformação digital (21,4%) e o ganho de competitividade (14,2%) também estão entre os principais motivos.
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