Os leilões de imóveis, antes dominados por investidores, vêm ganhando espaço entre aqueles que buscam um lar. Em 2024, 47% dos imóveis arrematados foram adquiridos por compradores com intenção de moradia, segundo levantamento da Zuk.
O estudo também revela que esse público é majoritariamente composto por Millennials e membros da Geração X, com idades entre 31 e 50 anos. O aumento do interesse desse grupo pelos leilões reflete uma realidade do mercado imobiliário: a dificuldade de acesso à casa própria.
Poder de compra comprometido pelo aumento dos preços
Embora o salário mínimo no Brasil tenha crescido cerca de 63% entre 2000 e 2025, considerando o ajuste inflacionário, o preço dos imóveis subiu em ritmo muito mais acelerado. Dados do Bank for International Settlements apontam que, entre 2002 e 2024, os imóveis residenciais tiveram uma média de crescimento anual de 9,23%, chegando a um pico de 26,17% no primeiro trimestre de 2010.
Esse cenário contribui para que muitos brasileiros busquem alternativas mais acessíveis, como os leilões. Segundo a pesquisa, o ticket médio dos imóveis arrematados foi de R$ 353 mil. Entre as modalidades, os leilões de bancos foram os mais procurados (63%), seguidos pelos judiciais (37%).
Para uma geração que alcança agora o auge da vida adulta e busca um imóvel próprio, o leilão surge como uma oportunidade de conquistar a casa própria a preços mais baixos do que os praticados no mercado. “Com os valores elevados dos imóveis, os leilões se tornaram uma opção viável para quem quer sair do aluguel sem comprometer tanto o orçamento”, avalia o estudo.
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Informações retiradas de Aquiles Rodrigues a Exame