No quarto trimestre de 2023, os lançamentos de novas moradias no Brasil diminuíram em comparação com o mesmo período de 2022, enquanto as vendas mostraram uma variação positiva, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). As vendas aumentaram 1,7% em relação ao ano anterior, mas caíram 3,2% em comparação com o trimestre anterior.
Enquanto isso, os lançamentos de unidades residenciais diminuíram 10,9% ano a ano, mas aumentaram em 20,7% em relação ao trimestre anterior. A Cbic destacou que o mercado ainda demonstra força e aderência, indicando que há demanda para os imóveis recém-lançados.
No último trimestre de 2023, o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) apresentou um crescimento tanto em lançamentos quanto em vendas. Sob as novas regras e maior investimento implementados durante o primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, os lançamentos registraram uma expansão anual de 14,7%, enquanto as vendas avançaram em 4% no mesmo período.
Comparativamente, o avanço trimestral foi ainda mais expressivo, com um aumento de 4,2% nas vendas e um impressionante aumento de 26,5% nos lançamentos entre os meses de outubro e dezembro de 2023. Estatísticas da entidade responsável pelo programa revelaram que aproximadamente 48% das unidades lançadas nesse período pertenciam ao MCMV, enquanto as vendas dessas unidades representaram 39% do total.
Esses números demonstram um desempenho robusto do programa habitacional, refletindo seu papel na promoção do acesso à moradia digna e no impulso ao mercado imobiliário durante esse período específico.
Segundo Celso Petrucci, renomado economista vinculado à Cbic, o desempenho do quarto trimestre no mercado imobiliário foi excepcional, registrando o melhor resultado da série histórica. Durante esse período, foram lançados 53 bilhões de reais em empreendimentos, enquanto as vendas atingiram a marca de 49 bilhões de reais. Petrucci ressalta que esse resultado positivo pode ser atribuído, em parte, à elevação do teto do programa Minha Casa, Minha Vida para 350 mil reais.
A pesquisa da CBIC abrangeu 220 cidades, incluindo capitais, regiões metropolitanas e praças intermediárias. Para o ano de 2024, a entidade espera estabilidade nos lançamentos imobiliários. Essa previsão é fundamentada em diversos fatores, tais como a continuidade da queda dos juros, maior solidez do governo e da política econômica, além do andamento do MCMV.
No segmento do MCMV, a CBIC projeta um aumento de 5% a 10% no mercado imobiliário, enquanto nos demais mercados a expectativa é de estabilidade ou crescimento moderado de até 5%.
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Informações retiradas de Patricia Vilas Boas à UOL