O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 atingiu uma marca histórica no último dia de negociações de março, alcançando os 3.400 pontos. O fechamento do pregão desta quinta-feira (28) registrou um novo recorde desde a sua criação em 2010, com o Ifix atingindo 3.408 pontos, representando um aumento de 0,38% após ajustes. Durante o pregão, o índice chegou a alcançar a marca de 3.409 pontos, destacando o otimismo dos investidores no mercado de fundos imobiliários.
No mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), o Santander Renda de Aluguéis (SARE11) liderou as altas do dia, alcançando um impressionante aumento de 4,58%. Este desempenho impulsionou seus ganhos para 6,4% ao longo do mês de março. Em contrapartida, o Valora CRI Índice de Preços (VGIP11) enfrentou uma queda de 0,90% no mesmo dia, resultando em uma leve diminuição de 0,7% ao final do mês.
Ifix conquista o ‘penta’ em março
No mês de março, a taxa básica de juros (Selic) sofreu mais uma queda, chegando a 10,75%. Enquanto isso, o índice de fundos imobiliários (Ifix) registrou sua quinta alta mensal consecutiva, com um avanço de 1,43%, e encerrou o primeiro trimestre do ano com uma valorização acumulada de 2,92%.
Desde abril de 2023, o Ifix vem mantendo uma trajetória ascendente, apresentando queda apenas no mês de outubro. Há um ano, os investidores começaram a antecipar os movimentos do Banco Central (BC) em relação à redução da taxa de juros, iniciando um ciclo de cortes que teve início em agosto.
“Vale relembrar que a Selic e o Ifix apresentam uma correlação negativa. Desta forma, vemos o índice reagir positivamente à decisão recente”, comentam a head de fundos listados da XP, Maria Fernanda Violatti, e o analista Eduardo Bacelar, sobre a decisão do BC na semana passada, reduzindo a Selic pela sexta vez seguida.
No recorte por segmentos, Violatti e Bacelar acrescentam que os fundos de tijolos costumam apresentar melhores retornos em ciclos de queda da taxa de juros. “Porém, os FIIs de recebíveis [papel] apresentaram melhor desempenho no mês”, observam.
No último mês, o mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) apresentou movimentos significativos, com destaque para a recuperação do fundo Hectare CE (HCTR11), que liderou com uma impressionante valorização de 21,5%, compensando as perdas de 20% registradas em fevereiro.
Em segundo lugar, o fundo Hotel Maxinvest (HTMX11) obteve um aumento de 18,3%, revertendo as perdas de 8,5% do mês anterior. No entanto, nem todos os fundos obtiveram resultados positivos, com o XP Properties (XPPR11) registrando o maior declínio, com uma queda de 9,9%, após uma alta de 20% em fevereiro. O Tordesilhas EI (TORD11) também enfrentou um declínio de 6,2% durante o mês.
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Informações retiradas de Flávya Pereira à Money Times