Comprar imóvel na planta é mais fácil financeiramente, mas há sempre um receio de que a construtora atrase ou sequer entregue o imóvel. No entanto, uma nova ação está se mostrando uma ótima solução nesse caso: as visitas guiadas dão mais transparência e segurança aos consumidores.
Afinal, de acordo com o Censo de Moradia Quintoandar, a compra da casa própria é o sonho de 87% dos brasileiros. E com sonho não se mexe. Ou não se deveria mexer.
Mas só no primeiro semestre de 2021 a plataforma Reclame Aqui registrou 13,5 mil reclamações de consumidores contra construtoras, incorporadoras e empresas do setor. O número é 24,58% maior do que no mesmo período de 2020.
As principais reclamações são referentes a problemas na estrutura da obra, defeitos e mau funcionamento de instalações.
Visitas guiadas aumentam a confiança na obra
No entanto, uma construtora de Itu, região de Sorocaba, descobriu que as visitas guiadas com proprietários e compradores em potencial está aumentando a confiança na obra. Munidos de equipamentos de proteção individual (EPI) o grupo passeia pelo canteiro, percorre os andares em estágio mais avançado e verifica in loco que tudo está sendo feito como combinado.
Assim, além de acompanhar a evolução da construção do imóvel na planta, os proprietários também tiram possíveis dúvidas. Mas além das visitas agendadas, a construtora recebe regularmente a comissão de representantes do Patrimônio de Afetação, responsável por fiscalizar o cumprimento do cronograma da obra.
“O que os consumidores buscam é qualidade, mas também segurança, pois existe um alto valor monetário e emocional envolvido na compra de um imóvel. Ações como a da construtora incentivam a transparência e contribuem para fortalecer todo o mercado imobiliário”, afirma Vanessa Domingues, gerente de marketing da construtora.
Levantamentos traçam perfil do mercado em Sorocaba
De acordo com pesquisa do Creci-SP com imóveis residenciais usados em agosto desse ano, na região de Sorocaba foram vendidos mais apartamentos (70,83%) do que casas (29,14%). A maioria são imóveis de padrão simples, standard (54,17%) e localizados em bairros de periferia (45,45%).
Mas em comparação com o ano passado, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) mostra que a região contabilizou 588 unidades verticais lançadas no primeiro trimestre, uma queda de 41% em relação ao mesmo período de 2021.
Por outro lado, o número de unidades vendidas chegou a 958 no mesmo período, predominando os imóveis de dois dormitórios, uma variação de -48% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Fonte: G1