A procura por imóveis do Casa Verde e Amarela (CVA) – que voltará a se chamar Minha Casa Minha Vida (MCMV) no próximo governo Lula – teve um aumento de 16,7% entre os dias 30 de setembro e 16 de outubro, alavancando os bons resultados do setor no terceiro trimestre.
É o que mostra o Indicador de Confiança do Setor Imobiliário Residencial, pesquisa feita pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Deloitte.
A pesquisa feita com 45 empresas revelou ainda que a procura por imóveis novos aumentou 9,1% e a busca por unidades de médio e alto padrão aumentou 3,1%. No geral, o indicador de venda de unidades aumentou 9,1%. Mas registrou 16,9% para os imóveis do CVA e 2,3% para médio e alto padrão.
Já o índice de preço dos imóveis avançou 10,3% no terceiro semestre em comparação ao período entre abril e junho. O documento ressalta que essa é a menor porcentagem de sua série histórica iniciada no terceiro trimestre de 2020.
Mas mesmo assim foi considerada um “forte aumento”. Porém o índice foi maior no segmento CVA, de 13%, e de 8,3% no de médio e alto padrão.
Contudo, os dados da pesquisa são contrastantes com os divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) no dia 10 de novembro, que mostram recuo. Inclusive em relação aos imóveis populares.
Vendas de imóveis populares devem continuar aumentando
A expectativa dos especialistas é que as vendas de móveis populares continuem aumentando no quarto trimestre.
No segmento de médio e alto padrão, os resultados do terceiro trimestre são considerados uma manutenção dos índices, interrompendo a queda da procura e de venda desses imóveis desde o segundo trimestre do ano passado.
Essa manutenção do nicho é esperada que continue no quarto trimestre, mas se transforme em alta nos próximos 12 meses.
Dados contrastam com os da Cbic
A expectativa de lançamentos e compra de terrenos entre os próximos três a 12 meses também é maior do que no trimestre passado. A pesquisa mostrou que 93% pretendem lançar e 87% pretendem comprar novos terrenos – ante 89% e 80% do segundo trimestre respectivamente.
Para a Abrainc os números mostram uma conjunção de fatores que se refletem no aumento da confiança dos players do setor: o crescimento na renda das famílias e a redução dos custos de construção.
Porém os dados da pesquisa contrastam com os divulgados pela Cbic no dia 10 de novembro. Segundo eles, houve queda em lançamentos e vendas no terceiro trimestre, na comparação com o período anterior.
Assim, a Cbic aponta uma retração de 2,3% nos lançamentos e de 3,9% nas vendas. Inclusive em relação aos imóveis populares: no caso específico do CVA chega a haver um recuo trimestral de 5,9% nos lançamentos e de 13,2% nas vendas.
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Informações retiradas de Valor Econômico.