O mercado imobiliário aquecido é como música para os ouvidos do corretor. Mas desde a pandemia, um nicho bastante específico está criando oportunidades praticamente nunca antes vistas em terras tupiniquins: o dos imóveis de luxo acima de R$ 30 milhões.
A situação é considerada inédita por aqui. E nem parece estar acontecendo em pleno Brasil, país com inflação que só em fevereiro de 2022 avançou 1,95% em sua segunda prévia, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Além disso, ao que tudo indica também deve ficar bem acima da meta no acumulado do final do ano pela segunda vez consecutiva.
Já o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indexador da maioria dos contratos de aluguel, acaba de ser estimado em 5,56%. Bem acima da meta do Banco Central, que era de 3,5%.
Por outro lado, o Copom mantém o aumento constante da Selic, que deve fechar o ano em 12,25%, encarecendo os os créditos, inclusive o imobiliário. Mas esse peso a mais no bolso do consumidor não é para todos. O dólar a R$ 5,11, por exemplo, é um colírio para os investidores estrangeiros em imóveis de luxo. E para os corretores especializados, claro, que ainda contam a maioria absoluta desses clientes muito especiais pagando à vista.
Imóveis de luxo a “preço de banana”
Para os investidores estrangeiros a cotação do dólar faz com que comprem imóveis de luxo, mesmo nas ruas com o metro quadrado mais caro do país, a “preço de banana”. Tanto que os principais mercados – Rio de Janeiro e Bahia – já estão sentindo falta de unidades de realmente alto padrão na carteira.
Em São Paulo, outro mercado de imóveis de luxo em expansão, os condomínios horizontais em bairros nobres, como Cidade Jardim, são os queridinhos da vez. E é claro que, em um nicho tão lucrativo e em crescimento, novos empreendimentos do tipo também não param de surgir.
Com o euro a R$ 5,78, os europeus se unem aos estadunidenses como os principais investidores estrangeiros em imóveis de luxo “baratos” no Brasil. Afinal, em todo o mundo o real foi a moeda que mais desvalorizou em 2021.
Além disso, o retorno é considerado certo – e alto – seja para locação por temporada ou revenda em um futuro relativamente próximo.
Pandemia e tecnologia impulsionam o mercado
Junto ao câmbio, a procura desenfreada pelos imóveis de luxo tem também outros motivos. Desde a pandemia nunca se valorizou tanto o tamanho das casas, maior infraestrutura de conforto e as áreas externas privativas com maior contato com a natureza. Com isso, a busca por casas e apartamentos com grandes metragens está fazendo o nicho explodir.
Assim, os imóveis de luxo também têm sido a aposta de muitos brasileiros que têm boas reservas em dólar. Por um lado há a perspectiva de desvalorização da moeda americana em curto ou médio prazo, o que promete levar os preços dessas unidades às alturas para a revenda.
Por outro há a própria transformação digital, em seus vários aspectos. Um deles é a tecnologia das casas inteligentes, ou smart homes, item hoje considerado essencial neste tipo de imóvel de luxo.
E há ainda um terceiro lado, que é a adoção em massa do home office, opção considerada definitiva por um grande número de empresários e executivos, e que acabou por consolidar um life style que já era tendência antes da pandemia.
De acordo com os especialistas, muitos clientes brasileiros de imóveis de luxo já tinham residências fora da sua cidade de origem bem maiores do que as que moravam durante a semana por causa do trabalho presencial.
Para eles, a pandemia apenas tornou mais evidente que a tecnologia já estava pronta para ser uma forte aliada desse novo estilo de vida. Foi o adeus ao antigo paradigma da relação entre viver e trabalhar.
Transformação digital agiliza os processos
Assim, a transformação digital também se tornou um grande atrativo para os investidores estrangeiros dos imóveis de luxo. Por um lado, a maioria dos clientes de altíssimo padrão é do mercado financeiro ou de empresas de tecnologia. E está habituada ao uso da tecnologia no dia a dia de praticamente todos os seus processos.
Por outro, a transformação digital tornou ainda mais fácil e atraente comprar imóveis mesmo estando em outro país. Ela tornou possível visitar virtualmente os imóveis de luxo, negociar e garantir a compra à distância. É como se a distância geográfica simplesmente não existisse mais.
E é claro que quem não quer perder oportunidades milionárias como essas já está investindo fundo no assunto. É o caso de algumas imobiliárias especializadas que já estão realizando campanhas completas de marketing dos imóveis de luxo especialmente para o exterior. Algumas revelam que os investimentos nas estratégias de divulgação em sites especializados fora do país estão na média dos US$ 20 mil por ano.
Por aqui a influência da transformação digital do mercado imobiliário também aumenta a cada dia. As ferramentas tecnológicas têm ajudado os corretores a identificar, atrair e conquistar os principais leads, descobrindo mais assertivamente os clientes em potencial para esses imóveis de luxo.
Aliás, a tecnologia também está otimizando a captação desse tipo de imóvel. Como parece que a demanda está crescendo mais do que a oferta, é cada vez maior a concorrência para conseguir os imóveis dentro do padrão exigido pelos investidores. Ou seja, o nicho e suas oportunidades ficam cada vez mais difíceis para quem ainda tem uma imobiliária 1.0.
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