A pandemia e a adoção em massa do home office fizeram com que os espaços corporativos tivessem uma redução imensa em sua ocupação. Entretanto, hoje o que o mercado vê é que as previsões do trabalho remoto em definitivo não se concretizaram. E os imóveis comerciais voltaram à mira dos investidores.
Apesar de muitas empresas manterem o home office em diversos cargos, ele não se tornou imbatível como se supunha. Continua sendo o responsável por mudanças estratégicas nas plantas dos imóveis, sim, mas também as lajes corporativas, centros comerciais e shoppings voltaram aos seus índices praticamente normais de ocupação.
E há vários motivos consistentes para que isso tenha acontecido. Um deles é o fato de que o homem é um ser social, moldado à convivência. Mas também que a cultura organizacional precisa ser vivenciada para ser incorporada.
Assim, a própria experiência de estar imerso naquela atmosfera propicia a absorção de valores que gera a noção de pertencimento. E isso se traduz em produtividade e competitividade. Por isso, hoje a maioria das empresas opera em sistema 100% presencial ou híbrido.
Pesquisa mostra reocupação dos imóveis comerciais
Para acompanhar todo esse mercado, a Secovi-SP passou a analisar trimestralmente 8,7 milhões de m² de área locável de escritórios e de 16 milhões de m² de área locável de condomínios logísticos.
No segundo trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2021 houve um aumento de 23,1% – e de 34% na comparação semestral. Já a taxa de vacância caiu 0,9%, alavancada pelo segmento de alto padrão.
E, nos últimos 12 meses, as áreas que mais se destacaram como tomadoras de espaços foram a financeira, de saúde e de tecnologia.
Com isso, a análise dos resultados é que os imóveis comerciais prometem bastante dinamismo, mesmo com oscilações macroneconômicas. Além disso, mesmo com o aumento das taxas de juros, os fundos imobiliários devem fechar o ano com um patamar em torno de R$15, bilhões.
Com a volta da ocupação dos espaços corporativos e o retorno de várias empresas que saíram de São Paulo, a perspectiva é que os preços continuem altos e subam até mais.
Condomínios logísticos têm aumento da absorção bruta
Por outro lado, os indicadores de locação mostram que, em um raio de 10 km da capital, aumentaram a absorção bruta e a oferta de novo estoque. E, por outro lado, redução da taxa de vacância.
Para os especialistas, os bons resultados são resultado da expansão do e-commerce e da redução das redução da pressão inflacionária.
Dessa forma, a recuperação do poder de compra das famílias volta a fazer a roda da economia girar, incentivando a expansão empresarial.
O que considerar para decidir o investimento
Porém, antes de aproveitar o bom momento de investimento nos imóveis comerciais, é preciso considerar alguns pontos. Um deles é a localização, que influencia diretamente na rentabilidade.
Considere também as intervenções urbanas que podem tornar a área um novo foco de atenção. Uma delas, por exemplo, é a aprovação da lei urbanística que incentivará a recuperação do centro, estimulando retrofit de antigas edificações.
Dessa forma, é bastante provável que o local volte a ser um polo empresarial – como foi antes de as empresas se deslocarem para a Avenida Paulista, e depois para Faria Lima, Berrini, etc.
Ou seja, o investimento em imóveis, seja por aquisição direta ou pelos FIIs, é sempre um bom negócio desde que analisado de forma criteriosa.
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Informações retiradas da Estadão Imóveis