Os FIIs consideram a possibilidade de vender seus imóveis, liquidando suas carteiras logo em seguida, em virtude de cotas desvalorizadas na Bolsa e diante da oportunidade de ganho de capital no curto prazo.
Nos últimos meses, pelo menos cinco fundos imobiliários tiveram que lidar com a possibilidade de alienação do portfólio, o que causaria o fim da operação da carteira. Esse movimento, segundo especialistas, é incentivado por três fatores principais: a desvalorização das cotas negociadas na Bolsa, o cenário econômico atual e o engessamento no regulamento de fundos mais velhos.
O mercado também acompanha o aumento das aquisições e incorporações de gestoras, cujo impacto para os investidores é neutro, no entanto é preciso atenção dos cotistas à respeito das mudanças no time de gestão do fundo e, no caso de venda de imóveis, análises nos valores de negociação.
Nos últimos dois anos, o segmento de fundos imobiliários passou por uma grande correção e grande parte dos FIIs ainda é negociado com valor abaixo do patrimonial, conforme lembra Caio Araújo, analista da Empiricus.
O IFIX teve uma valorização de 1,13% nos últimos 24 meses, desempenho impulsionado pela participação de quase 40% dos fundos de ‘papel’ que se favoreceram do crescimento dos juros e da inflação no período.
Considerando apenas os FIIs de ‘tijolo’, houve uma queda de 7%, com destaque para os de lajes corporativas, negociados 25% abaixo de seu valor patrimonial.
Fonte: fdr