O secretário nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Hailton Madureira, anunciou que o FGTS Futuro, em fase final de regulamentação, permitirá que trabalhadores utilizem créditos futuros do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para quitar parte das prestações ou amortizar financiamentos habitacionais.
Previsto para ser aprovado em reunião do conselho curador em fevereiro ou março, o FGTS Futuro será aplicável exclusivamente à faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, destinada a famílias com renda de até R$2.640. A Caixa Econômica Federal está pronta para iniciar as operações, e o secretário destaca que a medida visa atrair novas famílias para o crédito imobiliário. O anúncio foi feito durante um evento do UBS.
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Jeferson Bittencourt, anunciou que o governo tem adotado medidas para reduzir as restrições do FGTS sem comprometer sua sustentabilidade. Ele afirmou que, em breve, será divulgado o balanço que demonstrará o crescimento do fundo, mesmo após as mudanças implementadas. Bittencourt destacou a possibilidade de proporcionar mais flexibilidade ao FGTS, mantendo sua abordagem conservadora.
Além disso, entre as prioridades para o ano, o secretário mencionou a implementação do Fundo de Garantia da Habitação Popular (FGHab), destinado a renda informal, com um montante de cerca de R$800 milhões. Ele ressaltou que essa medida tem o potencial de beneficiar 100 mil famílias que atualmente enfrentam dificuldades para financiar suas moradias.
O Ministério está concentrando esforços em lançar uma iniciativa de apoio para a região Norte, além de expandir o programa Minha Casa, Minha Vida Cidades. Esta expansão implica em parcerias entre o governo federal, Estados e municípios, visando agregar subsídios. A operação pode ser realizada através de aporte direto de recursos, doação de terrenos ou destinação de emendas parlamentares. Essa medida tem como público-alvo famílias com renda mensal de até R$8 mil e, de acordo com o governo, tem o potencial de reduzir a entrada ou prestações do financiamento.
“O MCMV Cidades é uma operação segura do ponto de vista do crédito porque o recurso fica todo na Caixa. Não há risco de descontinuidade”, disse Rodrigo Wermelinger, diretor-executivo de Habitação da Caixa. “Além disso, atende à principal mazela dessa faixa de renda que é o valor da entrada”, acrescentou.
O diretor da Caixa afirmou que o banco apoiará a estratégia do governo de retomada do programa Minha Casa, Minha Vida para a baixa renda, dentro de um racional financeiro. Ele assegurou que a inadimplência da instituição está controlada e que estão alinhados com o plano para atender as menores faixas de renda.
Rodrigo Luna, da Plano&Plano, presente no painel, destacou que, apesar dos desafios, o segmento de baixa renda oferece oportunidades, ressaltando a importância de criar soluções acessíveis para os consumidores.
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Informações retiradas de Mariana Ribeiro à Valor Econômico